

“Cerca de 85% da oferta da educação básica, no Brasil, é pública. O inverso acontece com a educação superior. Por isso, é imprescindível que o Governo implemente políticas públicas que visem à inclusão de estudantes egressos da rede pública em uma instituição de ensino superior privada”, afirma a professora Nadja Viana, presidente da ABAMES – Associação Baiana de Mantenedores de Ensino Superior. Para dar oportunidade a jovens que não têm condições financeiras de custear uma graduação em uma instituição particular, o Prouni – Programa Universidade Para Todos, uma das políticas públicas de inclusão, inscreve para o primeiro semestre de 2012, entre os dias 14 e 19 de janeiro. As inscrições devem ser feitas pelo site: prouniportal.mec.gov.br.
Este ano, o PROUNI vai oferecer, aproximadamente, 200 mil bolsas de estudo para estudantes de instituições privadas, em todo o país, sendo mais de 50% delas integrais. De acordo com Nadja Viana, a quantidade de alunos que concluem a Educação Básica em escolas públicas é muito maior do que o número de vagas oferecidas pelas universidades públicas, que são gratuitas. Diante deste cenário, medidas de inclusão são de grande importância para o desenvolvimento da sociedade. Para a professora, “Programas como esse dão oportunidade de mudança de vida e crescimento à parte da população que não tem condição financeira de bancar o ensino superior em instituições particulares. A educação é o alicerce para o crescimento e mudança dos principais problemas do país”.
Para participar, os estudantes devem ter realizado o ENEM e alcançado uma pontuação acima de 40% na prova e nota maior que zero na redação do Exame. As bolsas do programa podem ser integrais ou parciais. O critério de seleção está relacionado à renda familiar per capita. O candidato, cuja renda familiar for de até R$ 933, por pessoa, poderá concorrer a uma bolsa integral. Quem tiver renda familiar de até três salários mínimos, por pessoa, pode concorrer a uma bolsa parcial, de 50%. Nesse caso, é possível associar esse Programa a outro financiamento, que pode ser do governo, como por exemplo, o Fies – Fundo de Financiamento Estudantil, ou até mesmo privado, oferecidos por empresas como Bancos.