
A coletiva fornecida pelo diretor executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, deixa claro que as prisões preventivas decretadas durante a Operação Voucher contra: Frederico Silva da Costa, secretário executivo do Ministério do Turismo; Colbert Martins da Silva Filho, secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo e Mário Moysés, ex-presidente da Empresa Brasileira do Turismo (Embratur) são resultado de provas robustas e que os presos podem ficar por 30 dias prorrogáveis pelo tempo necessário à instrução do inquérito.
Segundo Paulo Teixeira os desvios eram feitos por empresários, funcionários do ministério, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (IBRASI) e empresas de fachada. “Os recursos eram pagos a empresas que não existiam. Elas constavam no papel, mas ao checarmos os endereços, encontramos terrenos vazios ou outros estabelecimentos”, explica. Foram apreendidos R$ 610 mil em espécie na busca realizada em São Paulo na casa do diretor-executivo do Ibrasi.
Sobre a Operação
A Operação Voucher foi deflagrada nesta manhã (09/08/2011). Em razão de irregularidades no ministério, 33 pessoas foram presas em São Paulo, Macapá e Brasília. O inquérito corre em segredo de justiça no Amapá. Os presos ficam a disposição da justiça na carceragem da PF de Macapá.
Denominada de “Voucher” a operação faz referência a documento de compensação turística. As ações da PF tiveram início em abril de 2011, a partir de denúncia do Tribunal de Contas da União (TCU), que encontrou indícios flagrantes de fraude num convênio de R$ 4,4 milhões entre o Ministério e o Instituto Brasileiro de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), empresa sem fins lucrativos. Do total, R$ 4 milhões foram repassados pelo Ministério e o restante deveria ser contrapartida da entidade.