

Em entrevista exclusiva ao JGB, Oldecir Marques de Oliveira, 60 anos, médico formado pela Escola Baiana de Medicina, turma de 1985. Com especialização em anestesiologia e atuando há 19 anos no Hospital da Mulher (Hospital Inácio Pinto dos Santos). Apresenta denuncias concernentes as instalações e o funcionamento do hospital municipal.
Segundo Oldecir, os investimentos maciços anunciados pela administração de Tarcízio Pimenta no Hospital da Mulher, não correspondem à realidade e tão pouco “a verdade”. “A administração municipal recebeu dezenas de aparelhos de alta tecnologia do Governo Federal. Mas, todos se encontram armazenados no ambulatório do hospital e sem utilização.”, explica e segue “não sei bem o que é necessário para que a UTI Neonatal funcione, apenas sei que o projeto está enterrado.”.
O fato mais grave aponta o anestesiologista: “trata-se de uma mesa de cirurgia, com 19 anos de uso, e que conta com vários pontos de ferrugem. O sistema de elevação não funciona. Agente pedala, pedala, e ela não sai do lugar. Tenho filmes que comprovam este fato. Ela deveria ter virado sucata há muito tempo.”.
O médico apresenta outra denuncia: “A situação das camas PPP (Cama para Parto Humanizado) é escandalosa, estão todas quebradas.”. Oldecir não poupa o gestor municipal de críticas e provoca: “Pode ser que o prefeito talvez nem saiba disto. Podemos admitir que o prefeito Tarcízio, não seja tão bem informado, quanto ele tenta parecer. E que ele desconhece esta realidade”.
Ele acusa que faltam equipes de enfermeiros para atuarem, e que mesmo dispondo de equipamentos modernos, em alguns setores faltam profissionais. “Na pratica, agente não tem equipe semi-intensiva coisa nenhuma”, desabafa.
Marques afirma que determinadas situações chegam a ser deploráveis. “O sistema de refrigeração da sala de cesariana é horrível. As enfermeiras tentam, durante as cirurgias, direcionar o fluxo de ar para refrigerar a sala. É uma coisa patética.”
Além de colega de medicina de Tarcízio Pimenta, Oldecir é ex-correligionário do prefeito. Ele finaliza a entrevista com um desabafo: “a gente não pode permitir que o hospital seja a grande vítima.”. Em uma clara alusão, aos desmandos administrativos denunciados.
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