
As fortes chuvas de verão registradas no Oeste da Bahia, no mês de janeiro, tem sido propícias para a disseminação da ferrugem asiática da soja, doença comum nas lavouras de soja em todo o Brasil. E é neste período que a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), junto aos laboratórios Digilab e SOS Soja, em Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério intensificam a atuação na identificação de ocorrências da ferrugem naquelas regiões.
A Agência em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), está promovendo monitoramentos, fiscalizações, análises laboratoriais e ainda um sistema de gerenciamento, onde o produtor pode acompanhar as informações atualizadas online sobre a ocorrência da ferrugem da soja. “Entretanto a participação dos produtores nas ações de controle é também de grande importância no controle da praga”, como destaca o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Armando Sá.
Os danos ocasionados por essa doença, quando não controlada, são bastante agressivos, podendo-se destacar o desfolhamento precoce, que impede a completa formação dos grãos. Em casos suspeitos, a Adab deverá ser informada, para realização de monitoramento e inclusão dos focos no sistema de alerta. O sistema de alerta tem a finalidade de manter o pordutor informado sobre a evolução da doença na região, permitindo a realização do controle em tempo hábil. Para obter mais informações sobre o sistema, o produtor pode acessar o site www.aiba.org.br.
A ferrugem foi detectada pela primeira vez na Bahia na safra 2002/2003. Amplamente disseminada no Brasil, a Ferrugem Asiática da Soja é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi que só sobrevive e se reproduz em plantas vivas, causando assim, consequentemente, perda de produtividade.
Para a safra 2010/2011, a previsão é que o processamento da soja brasileira chegue a 34,4 milhões de toneladas e as exportações, em 29,4 milhões, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Somente a região de Barreiras, no Oeste baiano, tem previsão de colheita em 3.2 milhões de toneladas, ou seja, aproximadamente 10% da produção nacional.