Plebiscito para tamanha insanidade não! Deliberar sobre a relevante questão do crime do aborto deve continuar a ser atribuição do Congresso Nacional. Que deveria transformar o direito à vida — aí incluído o direito à vida dos nascituros — como causa pétrea da nossa Constituição.
Prezados leitores,
Volto ao tema porque no segundo turno da corrida presidencial ele não quer calar. Um dos candidatos a presidente, José Serra, tem explorado na campanha e esclarecido ao eleitor que o PT, partido cuja candidata disputa com ele a presidência, tem como programa partidário a tese do aborto, isto é, legalizar o crime do assassinato de crianças no ventre da mãe.
Não muito convincente, a candidata Dilma se diz arauta da causa da vida, e o padre castrista Frei Beto veio em seu socorro dizer que ela, a Dilma, é a mais cristã das mulheres cristãs…
Os defensores de assassinatos de crianças no ventre materno consideram aqueles que protestam contra tal desatino como obscurantistas, medievais, fanáticos fundamentalistas e outras baixas acusações. Não admitem que são questões de consciência que fazem com que muitos indivíduos se posicionem contra este abominável crime. Que, aliás, é assim qualificado pela lei brasileira.
Há 19 anos tramita na Câmara um projeto que dá à mulher o direito de interromper voluntariamente uma gravidez. Em 2008, por unanimidade, ele foi rejeitado na Comissão de Seguridade Social e Família.
Paradoxalmente, foi uma candidata antiabortista, Marina Silva, que defendeu o disparate: plebiscito para consulta popular se descriminaliza ou não o aborto.
Comecei a imaginar as campanhas publicitárias durante a propaganda eleitoral gratuita divulgando os supostos “benefícios” de matar as criancinhas ainda na barriga da mamãe, com todos os recursos audiovisuais disponíveis pela televisão. Morbidez, hediondez, insensatez que fariam os crimes nazistas serem considerados de pouca monta.
Plebiscito para tamanha insanidade não! Deliberar sobre a relevante questão do crime do aborto deve continuar a ser atribuição do Congresso Nacional. Que deveria transformar o direito à vida — aí incluído o direito à vida dos nascituros — como causa pétrea da nossa Constituição.
Só desta maneira se poderá limitar a ação dos inimigos da vida.
*Por Juarez Duarte Bomfim
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