
Falta de material de construção na região deve impedir que 39 mil crianças palestinas frequentem escolas da ONU no próximo ano letivo; resultado é a superlotação das salas de aula, com mais de 40 alunos por classe.
A falta de material de construção na Faixa de Gaza deve fazer com que cerca de 39 mil crianças palestinas não possam frenquentar as escolas da ONU na região no próximo ano letivo.
O número foi revelado por Chris Gunness, porta-voz da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos, a Unrwa.
Proibição
“Segundo Chris Gunness, a ONU não tem como construir novos colégios e reconstruir as escolas danificadas pela ofensiva israelense de três semanas a Gaza, que terminou em janeiro de 2009.
Isso devido à proibição israelense da entrada de artigos de construção na região. O resultado é a superlotação das salas de aula, com mais de 40 alunos por classe. Em algumas escolas, duas ou três crianças tem que dividir a mesma mesa.
Os alunos só frequentam as escolas por quatro horas diárias já que os colégios são obrigados a receber crianças em dois ou mais turnos por dia.
Cerca de 60 mil prédios foram destruídos ou danificados durante a ofensiva israelense em todo o território. Só 1/3 dessas estruturas foram reconstruídas nos últimos 18 meses.
Armamentos
Apesar do recente relaxamento do bloqueio econômico na região, que começou há três anos em reação à chegada ao poder do grupo islâmico Hamas, Israel ainda proíbe a entrada de cimento e outros tipos de material de construção. Os israelenses alegam que, com eles, o Hamas e outros grupos islâmicos podem manufaturar armamentos”.
Chris Gunness também informou que, por falta de verba, a Unrwa tem dificuldade para recrutar novos professores para os 222 mil alunos que frequentam as escolas da ONU, 1/3 das crianças que vivem em Gaza.
*Com informações da Rádio ONU