
O Internacional Pernambucano Romero Britto
Em viagem pelo nordeste observei que o artista plástico pernambucano mais ilustre da atualidade é Romero Britto. Imitado em todas as capitais nordestinas, ele criou sua própria linguagem, com cores brilhantes, formas harmoniosas e desenhos agradáveis, transpirando alegria de leitura rápida e identificável. Nas suas obras têm casais dançando, gatinhos sorrindo, peixes voadores saltando à tona, flores desabrochando e amantes se beijando, uma verdadeira multiplicidade de temas, para levar emoções aos seus admiradores.
Romero é conhecido como artista pop brasileiro, sendo radicado em Miami. Suas obras caíram no gosto das celebridades por sua alegria e colorido, tendo sido alçado para a fama ao realizar a ilustração de uma campanha publicitária para a vodca Absolut. Começou no mundo do “grafite” e hoje é o artista preferido de vários atores e atrizes hollywoodianos. Porém nunca obteve sucesso com a crítica especializada, uma vez que se trata de um artista cujo trabalho é por demais determinado pela indústria cultural, sendo impossível distinguir até que ponto seu trabalho deve ser visto como arte ou como prática de marketing.
Mais de 120 galerias representam atualmente o trabalho artístico de Romero Britto no âmbito internacional, incluindo a União da África do Sul, Suécia, Áustria e Guam. A revista Veja, em 2002, publicou a matéria “O ouro no final do arco-íris” contando a trajetória do artista brasileiro que se tornou uma celebridade nos Estados Unidos – “Há apenas treze anos, um dos pintores mais badalados nos Estados Unidos vendia, a preço de banana, naturezas-mortas com cajus maduros em feiras do Recife. Hoje, seus quadros alcançam o preço de 70.000 dólares e ele priva da intimidade de celebridades como o ator Arnold Schwarzenegger, o jogador de basquete Michael Jordan e o senador Ted Kennedy. É, ainda, um benemérito de primeira hora das causas filantrópicas abraçadas pela primeira-dama americana Hillary Clinton…”. Na Revista Istoé, também em 2002, a matéria “Pincelando o Pop” fala sobre a admiração de celebridades internacionais ao artista e sua meta em fazer seu trabalho ser reconhecido pelo povo brasileiro.
Visitando alguns pontos turisticos do nordeste, observei a falta de Museus e Galerias de arte, o artesanato sem originalidade, com formas comuns e sem identidade de raiz, não podendo representar povos e regiões. Se quisermos presentear um amigo, só podemos adquirir de novo, a camisa com o nome da cidade, porque o artesato local é semelhante ao encontrado em todo territorio brasileiro. Também encontrei vários trabalhos artisticos semelhantes ou indênticas as obras de Romero Britto.