
O Conjunto Penal Feminino do Complexo Penitenciário da Mata Escura recebeu nesta segunda-feira (21/12/2009) uma padaria-escola. Ela servirá como ponto de qualificação de mais de 170 internas do conjunto penal, que aprenderão a profissão de padeiro. O espaço possui miniforno, masseira e armário-estufa, que foram doados pelas Voluntárias Sociais da Bahia.
“Recebemos os equipamentos de um grande empresário e resolvemos doá-los para o conjunto penal. É uma forma de eu, como mulher, garantir que as internas tenham a oportunidade de aprender uma profissão, para, quando saírem daqui, ter a chance de conseguir um emprego”, disse a presidente das Voluntárias Sociais, Fátima Mendonça.
A padaria-escola tem capacidade para produzir 600 pães por dia e vai capacitar inicialmente oito internas em cada turno em panificação e confeitaria. A previsão é expandir o número para 20 por turno. A padaria-escola, que começa a funcionar este mês, é uma das quatro que serão inauguradas nas unidades prisionais da Bahia.
As aulas fazem parte do projeto estadual de ressocialização de todos os internos, como afirmou o secretário estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Nelson Pellegrino. “Esse é um passo que estamos dando para melhorar a qualidade de vida dos nossos internos. Essa padaria faz parte do nosso projeto maior de ressocialização dos presos e é uma das quatro que ainda serão inauguradas em outras unidades baianas. Dentre elas, estão a Colônia Penal Lafayete Coutinho, o Conjunto Penal de Feira de Santana e a unidade de Jequié”, explicou.
Cada interna vai receber todo mês 75% do valor do salário mínimo, além de benefício da remissão de pena, em que, para cada três dias trabalhados, é reduzido um dia de pena. Toda a produção servirá para o consumo interno do conjunto penal, podendo, futuramente, ser expandida para outras pessoas.