Brasileiro encontra realização na Guarda Nacional de Massachusetts

Odilon Rodrigues quer que outros brasileiros ingressem no serviço.

A disposição em ajudar ao próximo e aos compatriotas move Odilon Rodrigues, 41. Ele quer informar os brasileiros sobre os serviços prestados pela Guarda Nacional Americana, onde trabalha como assistente dentário e recrutador.

O brasileiro ingressou na Guarda Nacional há três anos, onde só é permitida a entrada de quem tem o green card. Trabalhando na unidade médica de Massachusetts como assistente dentário, Odilon explicou que cada estado tem sua própria Guarda Nacional. Para ingressar é preciso ter entre 17 e 41 anos, estar bem fisicamente, em bom peso e ter o segundo grau completo, além de prestar um exame de inglês e matemática.

Os candidatos precisam também fazer uma prova física, a qual basicamente checa a saúde, verificando se a pessoa não está acima do peso ou se não tem algum impedimento físico para as funções da vida militar. Odilon tinha acabado de receber o green card, em 2006, quando decidiu entrar na Guarda Nacional. Três meses depois de ver o anúncio que dizia ‘free college’, o brasileiro já tinha feito as provas físicas e assinado o contrato.

Além de ser atraído pela possibilidade de ter um curso superior, Odilon teve outra razão para ingressar na Guarda Nacional. “E também de certa forma retribuir um pouco para os Estados Unidos”. O brasileiro disse que se identificou muito com o país, onde conquistou muitas coisas. Entre os outros benefícios estão a cidadania mais rápida e o plano de aposentadoria.

De acordo com o brasileiro, a Guarda Nacional faz parte do Exército Americano e tem como função principal a missão solidária. Isto significa que os membros podem eventualmente ser chamado para uma guerra. Odilon confessou que ficou um pouco assustado, mas disse que enfrentaria o medo. “Se me convocarem vou, não volto atrás”. Casado e com uma filha de 2 anos, recebe o total incentivo da esposa. “É muito importante o apoio da família”.

Escolha acertada

Segundo o brasileiro, a Guarda Nacional tem mais de 200 profissões diferentes, e dá a oportunidade de escolher uma delas. “Você pode ser carpinteiro, eletricista, motorista de caminhão, polícia militar, inteligência”. Sem formação na área dentária no Brasil, Odilon recebeu treinamento, e ainda atua como recrutador. Morador de Billerica e nos EUA há 9 anos, mantém a vida civil como pintor do Sindicato Estadual.

O trabalho na Guarda Nacional é basicamente part time, segundo ele, e consiste em treinamento de um final de semana por mês e duas semanas durante o verão. Adquiriu a cidadania americana graças ao trabalho. O ingresso na Guarda Nacional acelera o processo. “Com menos de um ano de green card eu já era cidadão americano”. As mulheres também podem ingressar no serviço.

Um dos maiores orgulhos do brasileiro é saber que atendeu a mais de 3.000 pessoas, em somente uma semana, durante uma missão de paz no Paraguai. Já conseguiu recrutar 17 brasileiros para a Guarda Nacional, e quer ajudar mais compatriotas. Nunca foi discriminado por ser imigrante, e convive com pessoas da Colômbia, Quênia e Congo, além dos americanos. Em três anos de serviço, já foi promovido a sargento.

Sem dúvida que os benefícios atraíram Odilon, mas ele atualmente considera a entrada na Guarda Nacional um estilo de vida. “Adoro o que faço. Me sinto muito gratificado quando sei que estou contribuindo com a comunidade brasileira, passando esta informação para eles [os brasileiros], que podem crescer na América, se quiserem”. Na opinião do brasileiro, estar na Guarda Nacional é fazer um diferencial, contribuindo para que nossa cultura seja bem vista no país.

*Com informação da Comunidade News.

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