
Teerã, 25 novembro de 2009 (EFE).- O Tribunal Revolucionário de Teerã condenou a seis anos de prisão o político aberturista Ali Tajernia, membro do comitê central da Frente de Participação Islâmica, e o jornalista opositor Ahmad Zeidabadi, informou hoje a imprensa local.
O mesmo tribunal colocou em liberdade sob fiança de US$ 500 mil Mohamad Atrianfar, um ativista reformista próximo ao ex-presidente iraniano Ali Akbar Hashemi Rafsanjani.
Segundo Hussein Alizadeh Tabatabi, advogado de Atrianfar e citado hoje pelo jornal reformista “Etemad”, seu cliente tem agora um prazo de 20 dias para apelar da sentença.
Atrianfar foi nomeado em 1992 diretor do jornal “Hamshahri”, próximo à Prefeitura de Teerã, e foi destituído quando o agora presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, foi eleito como governante da capital, em 2003.
Membro do partido Operadores da Reconstrução, próximo a Rafsanjani, Atrianfar foi detido em junho junto a dezenas de reformistas durante oss protestos contra a reeleição de Ahmadinejad, que a oposição qualifica de fraudulenta.
O diário “Aftaf-e Yazd” fala hoje da condenação a seis anos de prisão de outros dois ativistas reformistas, Zeidabadi e Tajernia.
Zeidabadi, que colaborou na campanha do candidato reformista derrotado Mehdi Karroubi, foi condenado também a cinco anos de exílio na localidade iraniana de Gonabad e a não poder exercer atividade política e cargo público por vida.
Tajernia, também detido durante os protestos de junho, foi condenado “a cinco anos de prisão por ameaça à segurança nacional, a um ano de prisão por propaganda contra a República Islâmica e a 74 chicotadas por insultar as autoridades iranianas”, disse seu advogado.
Mais de 80 pessoas foram condenadas no Irã a diversas penas de prisão pela participação nos protestos de junho, que levaram o país à pior crise política nos 30 anos de República Islâmica.
Além disso, cinco pessoas foram condenadas à morte, acusadas de instigar uma conspiração organizada com ajuda externa para derrubar o regime. EFE
msh-jm/an
*Com informações da Agência EFE