

Comenta-se que grande parte das empresas instaladas no CIS – Centro Industrial do Subaé – faz “vistas grossas” às iniciativas de preservação do meio ambiente e a diversidade de seres vivos que dependem do seu habitat natural para viver.
Em Feira de Santana os programas de Sustentabilidade Empresarial e Responsabilidade Social estão muito próximos de zero. Poucas organizações cuidam, principalmente do meio ambiente, com a devida responsabilidade. É necessário que se faça, com urgência, projetos de urbanização e drenagem para revitalizar o sistema hídrico de Feira de Santana que possui 52 lagoas, mas que no passado foram 70, diversos rios e riachos. Sendo que as principais lagoas são: Lagoa Salgada, do Prato Raso, do Registro e a principal de todas que é a Lagoa Grande. Para esta última dizem já existir um programa de drenagem e urbanização sob a responsabilidade do município, transformando-a em uma área de lazer com pedalinhos, quiosques, bares, etc.
Existe a Lei Complementar Nº 1.612/92 (Municipal) que estabelece áreas mínimas de preservação e que não são obedecidas, pois é sabido que lagoas e rios de Feira de Santana sofrem os efeitos da desordenada ocupação urbana, além de serem poluídas com os despejos de esgotos, a extração exagerada de argila e areia, além dos efluentes industriais que causam a destruição às matas e a morte de peixes, aves e mamíferos que vivem neste habitat.
É fundamental que haja um trabalho sério com a finalidade de educar e conscientizar a sociedade feirense com relação às questões ecológicas, através de programas de educação sanitária e ambiental,afim de que possamos evitar a destruição do meio ambiente. Comenta-se que grande parte das empresas instaladas no CIS – Centro Industrial do Subaé – faz “vistas grossas” às iniciativas de preservação do meio ambiente e a diversidade de seres vivos que dependem do seu habitat natural para viver. Poucas possuem projetos de sustentabilidade empresarial e de responsabilidade social.
Quanto à saúde dos Rios Jacuipe, Pojuca e Subaé, também precisa ser reavaliada. É fundamental a elaboração de um projeto de saneamento com o objetivo de tratar os efluentes líquidos e gasosos, produzidos por indústrias ou resultantes dos esgotos domésticos urbanos e que são lançados nestes rios. Este projeto também deverá tratar da conscientização da população mostrando-lhes que “o lixo deve ser jogado no lixo”.
O administrador de empresas moderno, consciente e com visão empresarial inteligente, precisa observar que através da preocupação com o meio ambiente e a responsabilidade social, as organizações estão conseguindo maior visibilidade no mercado que passou a exigir, mesmo que ainda de forma tímida, engajamento deste segmento além da redução de custos com resíduos; redução dos riscos de responsabilidade de despoluição; redução de custos de energia; melhoria da imagem, da relação com os clientes, além de melhorar o relacionamento com as autoridades regulamentadoras; aumento do acesso aos fundos de investimentos; habilidade para correção de problemas potenciais antes de causar danos ambientais.
Medidas têm que ser tomadas. É inadmissível uma cidade do porte de Feira de Santana, com um dos maiores parques industriais do nordeste e grande parte das suas empresas sem nenhum projeto de sustentabilidade ambiental e de responsabilidade social.
Agradeço as pesquisadoras Janaina Emanuelle, Gesiane Suzart, Tuane Paes e a Rosana Morena pelos dados fornecidos para o enriquecimento deste artigo.