O cinegrafista argentino Leonardo Henrichsen foi assassinado no Chile por um ativo militar enquanto cobria o motim conhecido como “Tanquetazo”, em 1973, e agora sua história chega às telas com uma obra de Silvia Maturana e Pablo Espejo, informa a EFE.
O documentário, que se chama “Aunque me cueste la vida” (Mesmo que me custe a vida, em livre tradução), inclui imagens inéditas das reportagens mais importantes de Henrichsen, que trazem uma amostra da violência política que caracterizou a cena latino-americana durante os anos 1960 e 1970, acrescenta o El Ciudadano.
O trabalho também revela a identidade do funcionário que matou Henrichsen há mais de três décadas. O evento ocorreu quando o cinegrafista tentava registrar os fatos que ocorriam em Santiago do Chile para uma reportagem da televisão sueca. Sem saber, ele acabou registrando as cenas de sua própria morte. Ainda que o militar nunca tenha sido julgado, acrescenta a EFE, uma manifestação foi feita em frente à sua casa para denunciá-lo publicamente perante seus vizinhos.
O filme foi apresentado no Festival Internacional de Cinema de Viña del Mar, no Chile. A crítica reconheceu o valor da obra, que foi agraciada com o prêmio do público do Festival de Cinema Social e Documentários de Valparaíso (Chile) e com o prêmio de melhor documentário sobre direitos humanos do XI Festival de Rivadavia (Argentina), noticia a Rádio da Universidade do Chile. Outros reconhecimentos aconteceram em Montevidéu, México e Califórnia, acrescenta a reportagem do El Ciudadano.
*Com informações do Centro Knight.
Seja o primeiro a comentar