Autoridades em Uganda anunciaram a prisão de um dos mais procurados suspeitos pelo genocídio de Ruanda em 1994.
Idelphonse Nizeyimana, que foi o chefe dos Serviços de Inteligência de Ruanda, é acusado de organizar o assassinato de milhares de tutsis – entre eles uma importante e reverenciada rainha.
Correspondentes dizem que Nizeyimana foi detido quando viajava da República Democrática do Congo para o Quênia com documentos falsos.
Segundo a polícia, ele já foi enviado para o Tribunal Criminal Internacional para Ruanda, baseado na Tanzânia, onde deve responder acusações de genocídio e crime contra a humanidade.
Cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos pelas milícias hutus durante 100 dias em 1994.
Nizeyimana foi o chefe das operações militares e de inteligência durante o período do genocídio e é acusado de ter criado unidades militares especiais que teriam ajudado na matança.
Uma dessas unidades teria assassinado a rainha Rosalie Gicanda, viúva do rei Mutara III.
Ele também é acusado de ter incitado e ajudado soldados a participar do genocídio.
O Tribunal Criminal Internacional para Ruanda – que julga os crimes cometidos durante o genocídio – não confirmou a prisão.
*Com informações da BBC do Brasil.