
O ministro interino da Justiça, Paulo Barreto, ofereceu hoje, em entrevista concedida à Globo News, a ajuda da Força Nacional de Segurança para combater a onda de violência que atinge Salvador. O ministro afirmou que é preciso agir com rigor nesse momento, para evitar que a situação na capital baiana fique ainda pior. Ele lembrou que foi com cenas assim, com ônibus queimados e unidades da polícia atacadas, que o tráfico de drogas ganhou força no Rio de Janeiro. Na última terça-feira, em discurso no plenário, o deputado ACM Neto (DEM) pediu a presença da Força Nacional de Segurança em Salvador. Hoje, em Roma, na Itália, onde participa de uma reunião sobre segurança pública, o democrata retomou o apelo ao governador Jaques Wagner.
“O governador Jaques Wagner prefere agredir a oposição ao invés de agir. O governo baiano demora em agir, pois deveria convocar imediatamente a Força Nacional de Segurança, para garantir a tranquilidade e segurança das pessoas. Governador, não é hora de fazer política!”, afirmou ACM Neto. Ele lamentou ainda que Wagner, ao invés de destinar mais investimentos na Polícia Militar, com a compra de mais armamentos e coletes a prova de balas, prefere anunciar a criação de uma nova secretaria – a Secopa – que vai servir apenas para “dar emprego aos apadrinhados políticos do PCdoB”. “Esse dinheiro seria melhor investido em segurança, até pensando na Copa do Mundo de 2014. Afinal, se a violência continuar, ela vai afastar os turistas e torcedores de Salvador e prejudicar a realização do evento”, frisou.
ACM Neto pretende, com a reunião em Roma, extrair exemplos usados no combate ao crime organizado que possam ser aplicados em Salvador. Participam da reunião, que acontece até domingo, representantes dos Legislativos do G8 (o grupo dos oito países mais ricos do mundo mais a Rússia) e do G5 (dos emergentes). Neto foi convidado como segundo vice-presidente da Câmara Federal, e acompanha o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP).