

Relatório do Secretário-Geral aponta execuções, torturas e violações sexuais de crianças colombianas por grupos armados; Ban Ki-moon demonstrou preocupação com execuções extrajudiciais de crianças e apelou ao governo da Colômbia para que elimine esta prática
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que apesar de esforços significativos do governo da Colômbia, crianças continuam sendo mortas, feridas, torturadas e recrutadas a força no país, particularmente por grupos armados ilegais.
Em um relatório enviado na terça-feira ao Conselho de Segurança, Ban destacou estupros e outras formas de abusos sexuais sofridos por meninas e praticado principalmente por rebeldes.
Proteção
Ele indicou que meninas que pertencem a esses grupos armados ilegais são forçadas a ter relações sexuais com adultos e abortarem em caso de gravidez.
O Secretário-Geral também demonstrou profunda preocupação com execuções extrajudiciais de crianças e apelou às autoridades para que eliminem esta prática.
Ban relatou 51 casos desse tipo de crime, incluindo duas crianças que desapareceram na capital Bogotá e mais tarde foram apresentadas pelo exército nacional como membros de grupos ilegais mortos em combate na província de Norte de Santander.
Estimativas do governo colombiano e organizações não-governamentais indicam que o número de crianças atuando em grupos armados esteja entre 8 mil e 11 mil.
Assassinatos
O relatório aponta ainda vários casos de assassinatos de crianças que se recusaram a fazer parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Farc.
Ban encerrou o relatório com um apelo para que todas as partes envolvidas no conflito respeitem as leis internacionais de proteção às crianças.
*Com informação da Rádio ONU.