HELR: Abandono consciente | Por Carlos Lima

Programa Municipal de Saúde Mental, Diploma: caiu decreto da ditadura, Puxão de orelha, Encontrei… Essa saiu no blog Por Simas.

Hospital Especializado Lopes Rodrigues, antigo Hospital Colônia Lopes Rodrigues, administrado pelo governo do Estado, não avançou na política de Saúde Mental, implantada pelo Ministério da Saúde e submete mais de 290 pacientes, na maioria, idosos de ambos os sexos, a tratamento de “campo de concentração”, conforme matéria do repórter Osvaldo Cruz, no programa Jornal da Povo, da Rádio Povo 1.210AM.

Os idosos internados nessa unidade manicomial recebem um tratamento considerado desumano. Não existem servidores suficientes e os pacientes estão praticamente empilhados em pavilhão unissex. São 60 camas para homens e mulheres, todos idosos. Apenas 23 servidores trabalham, em regime de turnos, no hospital, em 2007 eram 37. Quantidade – na época – considerada  insuficiente para atender as necessidades mínimas de funcionamento.

O governo do Estado defendeu e tentou recuperar o Hospital Geral Clériston Andrade, não obteve o êxito desejado, e agora, como ficam os pacientes e as instalações físicas do Hospital Lopes Rodrigues? A Secretaria Estadual de Saúde vai ou não vai implantar o programa de Saúde Mental definido pelo Ministério da Saúde? Seria imprescindível que o secretário estadual de saúde, Jorge Sola, e o deputado Zé Neto fizessem uma visita – surpresa – ao Hospital Especializado Lopes Rodrigues.

Programa Municipal de Saúde Mental

O programa começou a ser implantado no final do primeiro semestre de 2002, com a instalação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), criando uma rede de atendimento aos portadores de transtornos mentais e dependentes de álcool e drogas. Em seguida o governo José Ronaldo implantou o Programa De Volta Para Casa, e o Programa de Residências Terapêuticas, em parceria com o Ministério da Saúde e deu início a desinstitucionalização do Hospital Especializado Lopes Rodrigues (HELR).

Muitas dúvidas e perguntas, como: Será que vai dar certo? Como os pacientes que estão em regime de internato a mais de 20 anos vão reagir? Esse negócio não vai dar certo, “doido” vivendo em comunidade e tomando conta de uma casa, é impossível!

O prefeito não mudou o seu posicionamento e inaugurou as primeiras residências terapêuticas no dia 18 de maio de 2005. A solenidade foi marcada pela emoção, dois casais, ex-pacientes do HELR, Gildésio Vieira de Santana/ Antonia dos Santos Cintra e Jailton da Silva/Iara Francisca de Jesus, que viveram internados no hospital, casaram-se. A solenidade foi celebrada pelo Frei Cal. Graças às residências terapêuticas eles passaram a viver em sociedade, assistidos pelo CAPS III.

 Atualmente o Programa Municipal de Saúde Mental estagnou. Ou melhor,está retroagindo.

Diploma: caiu decreto da ditadura

Talvez seja o último ato da ditadura a ser revogado pela democracia brasileira. Esse ato de cerceamento da liberdade de expressão no regime de força foi consagrado pelo Decreto-Lei 972 de 1969 que exige o diploma de jornalista para o exercício profissional, era questionado há muito tempo.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação contra a obrigatoriedade do diploma. Uma liminar em 2001 suspendeu a exigência. Entretanto, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a União entraram com um recurso. Em 2005, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região revogou a liminar. O MPF e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp) recorreram. O STF em 2006 concedeu nova liminar garantindo o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área.

Na última quarta-feira (17/06/09), o Superior Tribunal Federal (STF) afirmou que o Decreto-Lei 972/69, que estabelece as regras para o exercício da profissão, incluindo o diploma, não atende a conceitos estabelecidos na Constituição de 1988. A Associação Nacional de Jornais parabenizou o STF e afirmou que a decisão consagra o que já acontece na prática. Depois de várias pesquisas e conversas passei a concordar com a revogação do Decreto-Lei 972/69.

Puxão de orelha

A ausência de secretários e cargos de confiança, nos atos públicos do executivo, terminou por motivar o chefe de gabinete, Milton Brito, encaminhar circular cobrando presença. O fato estava sendo observado há muito tempo pela população.

Encontrei… 

Recentemente li a seguinte frase: “Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”. Portanto, não é necessário ter diploma para escrever um jornal. Para mentir não é necessário ser alfabetizado. O método mais fácil é criar um… Credibilidade não se impõe…

Essa saiu no blog Por Simas

FARTURA DE PRODUTOS TÍPICOS NO CENTRO DE ABASTECIMENTO

No oportuno texto da SECOM sobre o comércio junino no Centro de Abastecimento, no lugar da exaltação à direção do órgão e ao governo de um modo geral, na verdade um convite aos usuários e mais estímulo aos feirantes. Pena que a puba, o aipim, a tapioca, o genipapo, o maracujá, a cana, etc, tão fartos no Centro de Abastecimento, não estejam também compondo a ilustração.

Segue o texto da Secom

São João rima com mess farta. E os produtos típicos da culinária do período estão sendo oferecidos com fartura no Centro de Abastecimento de Feira de Santana. Os consumidores ainda estão aparecendo com timidez. Mas as expectativas dos comerciantes são as melhores.

Afirmam que à medida que o principal dia do período se aproxima, o dia 23, véspera do São João, as consumidores comecem a aparecer com maior frequência – como acontece em todos os anos, e apetite para as compras.

MILHO

São rumas de espigas de milho verde, sem dúvidas o alimento mais eclético do período. Pode ser usado no mingau, bolos, canjica, lelê, pamonha, ser consumido cozido ou assado, mais a pipoca. O valor do cento varia de R$ 20,00 a R$ 25,00 – a depender da qualidade do produto. Mas quem não precisa de tanto pode levar o que precisa para fazer a festa.

Iara e Janiara Garcês, mãe e filha, donas de pontos de vendas de milho dizem que a procura está boa. “Sempre vendo mais pela manhã e espero que já a partir deste sábado as coisas melhorem ainda mais”, diz Janiara. “Os consumidores de última hora sempre aparecem e levam o que tem”, comenta Iara.

LARANJA

Na mesa junina não pode faltar a laranja, que é levada à mesa já descascada. A preferida para o período é a de umbigo – que geralmente são chupadas. O cento está custando até R$ 16,00. Cem unidades do tipo pêra saem por R$ 6,00. “As vendas estão boas e vai melhorar ainda mais”, afirma o vendedor Nascimento Cerqueira. A oferta da laranja está satisfatória.

AMENDOIM SALGADO

Principal tira-gosto da mesa junina, o preço do amendoim está sendo considerado salgado até por vendedores. A lata – aquela de tinta, com capacidade para 18 litros, está sendo vendida por até R$ 35,00 – a depender da qualidade. Existem outras medidas menores – e com preços reduzidos, claro.

Lourdes de Jesus, que vende amendoim, apostou na demanda em alta. Comprou cerca de cem sacas. Revelou que vai comerciar no atacado e no varejo. “O problema é que já estamos comprando o amendoim caro”, lamenta. Praticamente todos os produtos oferecidos no Centro de Abastecimento vem de outros municípios.

AIPIM

A saca de aipim, usado em bolo, está custando R$ 14,00 – mas pode ser comprado no retalho. A puba, massa úmida e fermentada tirada da mandioca, e a goma, subproduto do tubérculo, estão sendo vendidas por até R$ 2,00 o litro.

A tradição da mesa junina com variedade de comidas – paramentado pelo licor de jenipapo, é mantida pela dona de casa Filomena da Penha. “Desde menina a festa acontecia na casa dos meus pais com muita fartura. Casei e continuei esta tradição, que está sendo assumida pelos filhos e, com certeza meus netos darão continuidade”.

Um carrinho de mão saiu carregado e com produtos variados. A festa está garantida. A fartura, também. Com certeza, São João vai passar por esta e muitas casas.

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