
Sempre existe uma vasta diferença entre a verdade e “a verdade” que habita o imaginário das pessoas. Esta situação é denominada pelos filósofos, por senso comum. Por exemplo: a grande maioria da população acredita ser a caixa que registra os dados do vôo dos aviões, preta, quando na verdade é vermelha ou de um alaranjado bem forte para que seja encontrada com facilidade no meio dos destroços; normalmente, é cilíndrica, e não no formato de uma caixa. Parece ser algo banal, mas vejam que pequenos detalhes podem induzir toda uma população a avaliar, erroneamente, a realidade.
Essa situação ocorre por falta de um raciocínio sofisticado que a população, em média, não possui e não desfruta de um senso formado para chegar a esse raciocínio; e, por não ter esse senso formado, utiliza o senso comum. Por exemplo: muitas vezes pensamos que estamos emitindo uma idéia nossa, original, mas sem querer, estamos apenas repetindo o que lemos, assistimos ou ouvimos.
Na área tributária, vemos falsas verdades todos os dias na mídia: impostos no Brasil são os mais altos do mundo. Não, não, não. Impostos no Brasil, PARA QUEM É ASSALARIADO, são os mais altos do País. Aí sim! Se eu tenho uma empresa, tenho diversas deduções possíveis, declaro dois salários mínimos de pró-labore e não pago um tostão de I.R. Não, não, não. Olha o senso comum tapeando a população, que recebe, todos os dias, um turbilhão de notícias e não possui – nem lhe foi dado o direito de possuir – capacidade crítica, para perceber que está sendo manipulada no seu íntimo: NO SEU PENSAR.
A má informação, veiculada pela mídia perversa, acaba sendo uma espécie de “caixa laranja” da comunicação de massa, conduzindo a população para uma direção pré-estabelecida por seus diversos interesses.