
Li em um artigo do colunista Paulo Roberto Leandro – “Bebeu, chame um táxi!” – em um Jornal de grande circulação na Capital Baiana, no qual ele dizia que: “está perto o dia em que, como na industria do fumo que tem sido condenada a pagar indenizações milionárias às suas vitimas, caberá aos fabricantes de bebidas alcoólicas também indenizar às suas, pois a tendência é a aplicação de lógica semelhante, visto que o álcool – que é uma maldita droga lícita – é tão matador quanto o cigarro, seja no transito ou de outras formas, em todas as classes sociais, estimula a violência, desestrutura famílias e arrasa corações”.
Comungo com o nobre colunista em numero, gênero e grau, indo mais longe ainda: “os crimes praticados sob o efeito do álcool ou de qualquer outra droga, deveriam ser inafiançáveis e os seus praticantes, em caso de óbito, punidos com penas em torno de cinqüenta anos, nos casos de não óbito – conforme a gravidade produzida pelo delito – de no mínimo, vinte e cinco anos”. Não tenho conhecimento de alguém que cometeu um delito no transito – com ou sem óbito – tenha sido punido severamente e cumprido esta pena na íntegra.
A maioria dos acidentes de transito, principalmente nos finais de semanas e nos famosos feriadões, são de índices alarmantes, para não dizer aterrorizadores. Alguma providencia tem que ser tomada pelas autoridades competentes e em caráter de urgência, urgentíssima.
Quero aproveitar, também, para abordar um outro assunto bastante preocupante: Cota destinada a alunos Afros-descendentes e para os oriundos do Ensino Público. Ora, quando se propõem cotas para alunos originários das Escolas Publicas, a Administração do Estado, admite ser incompetente, decretando desta maneira, a falência do Ensino Público, Para os alunos procedentes dos Colégios Estaduais ingressarem em uma Faculdade, tem que haver facilidades. O curioso é que os assuntos lecionados nas Escolas Particulares ou nas Públicas são os mesmos, então fica a interrogação: por que os alunos que estudaram nos Colégios Públicos não têm condições de competir com os provenientes do Ensino Particular? Concluímos que não só o Ensino Público como as Autoridades que o administram estão navegando em “um barco à deriva” em um oceano de incompetência.
Separar cotas para os Afros-descendentes é uma grande prova de racismo, visto que ao facilitarem seu ingresso em uma Faculdade, o colocam como incompetentes e sem condições de disputar uma vaga na faculdade, competindo com alunos de outras raças.
É necessário ser feito, de forma imprescindível, um investimento de maior envergadura, poderia dizer também de peso, se quiserem salvar o Ensino Público, o qual deveria ser federalizado e criado um plano de carreira mais justo para os educadores. Com esta federalização os salários percebidos por um profissional do ensino no sul, seria o mesmo nas outras regiões do país, evitando assim, distorções salariais.