Daniel Gomes de Almeida, ou simplesmente Daniel Almeida (Mairi, 21 de janeiro de 1955), é um sindicalista e político brasileiro, atualmente Deputado Federal pelo Estado da Bahia, filiado ao PCdoB. É o atual líder do partido na Câmara dos Deputados.
Carreira
Daniel Almeida iniciou no movimento estudantil no Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia, atual Instituto Federal da Bahia, onde fez o curso tecnólogo entre 1974 e 1977. Ingressou no curso de Geografia da Universidade Católica de Salvador em 2002, mas não concluiu. Graduou-se em História pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), em 2014. No movimento sindical, foi presidente do Sindicato da Indústria Têxtil de Salvador e Camaçari entre 1983 e 1989, sendo diretor deste sindicato desde 1989. Foi também presidente do diretório da Central Única dos Trabalhadores na Região Metropolitana de Salvador de 1993 a 1995. Integrou ainda o Conselho Municipal de Transportes de Salvador no período entre 1991 e 1998. Seu primeiro cargo eletivo foi como vereador na capital baiana, eleito em 1988. Reelegeu-se em 1992, em 1996 e em 2000. Durante este período tornou-se presidente do PCdoB na Bahia em 1998, cargo que exerceu até 2001 e para o qual retornou em 2009, permanecendo até 2015. Candidatou-se ao Senado nas eleições de 1998, não sendo eleito. Nas eleições de 2002, conquistou seu primeiro mandato de Deputado Federal, sendo novamente eleito em 2006, em 2010 e em 2014. Foi candidato derrotado a prefeito de Simões Filho em 2004. Na Câmara dos Deputados foi líder da bancada de seu partido entre 10 de Fevereiro de 2009 e 10 de Fevereiro de 2010, reassumindo o posto em 4 de Fevereiro de 2016.[3] Foi o autor da Lei que cria o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado no dia 21 de janeiro, e da proposta de redução da Jornada de Trabalho, em tramitação na Câmara.[4]
Controvérsias
Lavajato
O nome de Daniel Almeida aparece na planilha encontrada durante buscas da 23.ª fase da Operação Lava Jato, batizada Operação Acarajé, na residência de Benedicto Barbosa Silva Junior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e que revelaram inúmeras tabelas e planilhas com nomes de políticos das principais siglas da base aliada e da oposição. O documento traz pelo menos 279 nomes ligados a 24 partidos. As anotações, segundo as investigações, referem-se às campanhas eleitorais de 2012 (municipais) e 2014 (estaduais e presidencial). De acordo com os dados encontrados, os repasses ao Deputado chegariam a R$ 150 mil. Almeida confirmou ter recebido doações legais do grupo Odebrecht nas eleições de 2014. Alguns políticos receberam apelidos curiosos, e o de Almeida foi comuna.[5] A presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos, também emitiu nota reiterando que “todas as doações recebidas pelo Partido e suas lideranças, nas diversas campanhas eleitorais realizadas até agora, foram legais e estão devidamente registradas nas prestações de contas”.[6][7]
Contas reprovadas
O deputado Daniel Almeida teve reprovada, pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, a prestação de contas referente às eleições de 2010, quando foi reeleito Deputado Federal. O parlamentar entrou com recurso, que foi negado.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_Almeida