Os bens e contas financeiras da família e do ex-governador do Paraná, Carlos Alberto Richa (Beto Richa, PSDB), foram bloqueados após uma determinação da 23ª Vara Federal de Curitiba.
O bloqueio acontece por conta da Operação Integração, em que Beto Richa, a ex-primeira-dama Fernanda Richa e um dos filhos do casal, André Richa são réus. A investigação apura o pagamento de propina a agentes públicos por empresas de pedágio no Paraná. Segundo o Ministério Público Federal, o ex-governador teria recebido propina das concessionárias de pedágio no Paraná e lavava esse dinheiro com a compra de imóveis colocados em nome da empresa Ocaporã.
De acordo com a decisão, o valor do bloqueio representa a soma de R$ 4,7 milhões que o MPF afirma que Beto Richa recebeu em propinas e doações, além dos R$ 82,5 milhões de danos causados aos usuários dos serviços públicos e a pena de multa máxima de cerca de R$ 79 milhões.
Além dos bloqueios dos bens de Richa, a Justiça também determinou R$4,5 milhões fossem bloqueados do contador da família, Dirceu Pupo.
Esse tipo de bloqueio é determinado pela justiça para garantir o pagamento de multas, a reparação dos danos e custas processuais. O bloqueio também se aplica aos imóveis e carros que estão em nome do ex-governador, de sua esposa e de seu filho.