Dia Internacional da Mulher: no Brasil, nada a se comemorar | Por Sérgio Jones

Marielle Francisco da Silva (Marielle Franco (PSOL), Rio de Janeiro, 27 de julho de 1979 — Rio de Janeiro, 14 de março de 2018).
A vereadora Marielle Francisco da Silva (Marielle Franco, PSOL/RJ) foi assassinada no Rio de Janeiro.
A vereadora Marielle Francisco da Silva (Marielle Franco, PSOL/RJ) foi assassinada no Rio de Janeiro.
A vereadora Marielle Francisco da Silva (Marielle Franco, PSOL/RJ) foi assassinada no Rio de Janeiro.

É consideravelmente elevado o grau de desinteligência promovida pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Em menos de uma semana após o Dia Internacional da Mulher, duas mulheres foram atacadas de forma vil e covarde, elas encarnam duas lutas profundamente sintonizadas com a proposta de uma vida social mais justa e digna para todos.

A violência contra a professora Luciana Xavier, que teve seu nariz quebrado por um policial e suas colegas servidoras e servidores de São Paulo agredidos dentro e nas imediações da Câmara Municipal, elas apenas desejavam o diálogo e receberam bomba, gás e balas de borracha.

O crime de Marielle Franco, que culminou com a motivação de sua morte: vinha denunciando com frequência casos de abuso de autoridade e execução de jovens pobres e negros em diversas regiões do Rio de Janeiro.

“Diante da morte de tantas pessoas, dentre as quais a Vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, torna-se ainda mais urgente reafirmar o valor da vida, desde a concepção até a morte natural. De fato, a violência é um mal que se multiplica de forma incessante, adquire inúmeras formas, penetra em todos os ambientes e faz um número cada vez maior de novas vítimas.

Procurando atenuar e até justificar os crimes perpetrados contra o povo e seus representantes, as forças repressoras do Estado Burguês, através de seus sequazes, já se mobilizam pela imprensa chapa-branca para desconstruir a imagem de Marielle. Colocando-a como uma pessoa de índole duvidosa.

Esta prática de contrainformação é a mesma que foi empregada pelo golpe de 64, quando os seus defensores, juntamente com parte da ala conservadora da igreja católica se tornaram os arautos da falsa e ridícula divulgação: comunistas comem criancinhas, entre outras barbaridades. Conceitos equivocados que rapidamente ganhou adeptos entre o populacho devido o baixo nível de politização e educação. Ao que parece, por falta de criatividade e até mesmo de competência, a burra e atávica elite tupiniquim volta a cometer os mesmos desatinos e atos insanos, na esperança de mais uma vez voltar a conquistar mentes e corações. Mas já professava sabiamente o velho Karl Marx: “ A história se repete, só que na primeira vez é tragédia e na segunda é farsa”.

*Sérgio Jones, jornalista (sergiojones@live.com)

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Sobre Sérgio Jones 160 artigos
Sérgio Jones, jornalista formado na Universidade Federal da Bahia (UFBA).