Feira de Santana: volume de água na lagoa da Terra Dura pode aumentar em até 70% após revitalização

Obras de revitalização da lagoa da Terra Dura, no município de Feira de Santana.
Obras de revitalização da lagoa da Terra Dura, no município de Feira de Santana.
Obras de revitalização da lagoa da Terra Dura, no município de Feira de Santana.
Obras de revitalização da lagoa da Terra Dura, no município de Feira de Santana.

A retirada do material levado pelas águas das chuvas para as partes mais fundas vai revitalizar a lagoa da Terra Dura, que enfrentava processo de extinção devido ao assoreamento – acúmulo de areia e outros detritos. Recuperada, vai se tornar ponto de lazer e de pescaria.

O rebaixamento do solo será feito em toda a extensão da lagoa. Próximo a estrada, a sua profundidade vai passar de quatro metros. A expectativa é de que o volume de água represada aumente em até 70% em relação a capacidade atual. Além do reforço na parede principal, a lagoa vai ganhar um sangradouro.

E o serviço será acelerado porque o Fundo Municipal de Meio Ambiente destinou recursos para que seja contratada uma máquina adequada para fazer este serviço gastando menos tempo – atualmente estão sendo usadas escavadeiras. Em alguns pontos, o barro chega a dois metros de profundidade.

A lagoa, que é alimentada por nascente localizada no Parque da Cidade Frei José Monteiro Sobrinho, é uma das dez que estão em franco processo de revitalização, iniciativa da Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, e com parcerias da iniciativa privada.

Lagoa pertence a microbacia do Subaé

Águas de nascentes correm para a lagoa da Terra Dura. Mas estas também enfrentam problemas com escassez devido à seca, que baixa o lençol freático de toda a região. O ambientalista João Dias, disse que a lagoa pertence à microbacia do Subaé. “Suas águas correm para o rio”. Nos períodos chuvosos, uma lâmina cristalina passa sobre a estrada, e alimenta o Subaé mais adiante, como em 2015.

Segundo ele, o material será retirado até a camada de piçarra, tipo de impermeabilizante natural que impede que a água seja infiltrada rapidamente. João Dias, que também trabalha na Secretaria de Meio Ambiente, afirma que o plantio de árvores das espécies ripárias – aquelas que presentes nas margens de lagoas, como ingás, araticuns, quixabeira branca, entre outros, seguirá ao assoreamento.

Além do peixamento, diz João Dias, a lagoa da Terra Dura atrairá muitas aves, como garças, patos, paturis e marrecos, jacarés e a galinha d’água azul, vista recentemente no local, que está em processo de extinção. A lagoa fica a menos de um quilômetro do povoado que lhe deu nome.

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