Experiências baianas na conservação ambiental são apresentadas à Missão de Moçambique

Parque Estadual da Serra do Conduru, localizado no Território de Identidade Litoral Sul.
Parque Estadual da Serra do Conduru, localizado no Território de Identidade Litoral Sul.
Parque Estadual da Serra do Conduru, localizado no Território de Identidade Litoral Sul.
Parque Estadual da Serra do Conduru, localizado no Território de Identidade Litoral Sul.

O Governo da Bahia vem trabalhando na preservação e na conservação do patrimônio natural do estado, a partir do planejamento e da execução de políticas públicas. Nesta quarta-feira (07/06/2017), a Missão composta por representantes do governo e agricultores de Moçambique, do Governo da Bahia e do Banco Mundial, conheceu a experiência desenvolvida no Parque Estadual da Serra do Conduru, localizado no Território de Identidade Litoral Sul, um exemplo de política estadual de combate aos efeitos do aquecimento global, por meio da recuperação de áreas degradadas e conservação da biodiversidade.

No entorno no Parque vivem mais de duas mil famílias de agricultores familiares, integradas nesse processo de conservação ambiental, por meio de ações promovidas em parceria com a sociedade civil.

Para o gestor da Coordenação Executiva de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica (Cepex), da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), José Tosato, que está acompanhando a Missão, o grupo pôde vivenciar a relação das áreas de conservação com diversas organizações da sociedade, uma dificuldade encontrada em Moçambique. “Aqui já construímos uma rede muito grande de organizações da sociedade civil, sejam associações e cooperativas da agricultura familiar, sindicatos de trabalhadores, federações e organizações socioambientais”.

O moçambicano Paulo Barros, que trabalha na Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), na Direção de Turismo e Utilização Sustentável, afirmou que durante o encontro foi possível notar o envolvimento da administração das áreas de conservação com as comunidades. “A experiência que levo para Moçambique é que para fazer uma gestão de um parque, de uma área de conservação, é necessário o envolvimento das comunidades, que são os potenciais parceiros que podem levar adiante o trabalho, e que não é necessário muitos recursos para manter uma área de conservação, mas sim uma ação conjunta”.

Erica Campos é gestora da APA de Costa de Itacaré/Serra Grande, uma região importante de conservação, onde está localizado o Parque do Conduru, ressalta que no local são encontradas as maiores biodiversidades do mundo. “Na área de proteção ambiental existem comunidades de agricultura familiar e quilombolas, que vivem do trato com a terra, da produção familiar tanto para subsistência quanto para a produção de cacau sistema cabruca. É importante que nos programas desenvolvidos na área de proteção ambiental e no entorno do Parque do Conduru nós estejamos envolvidos com diversas associações e parcerias da sociedade civil organizada que visam gerar renda para esses agricultores unindo produção com conservação da biodiversidade”.

A Missão faz parte do acordo de cooperação Sul-Sul e tem o objetivo de promover um intercâmbio entre os governos brasileiros e de Moçambique, para o qual estão sendo apresentadas experiências baianas desenvolvidas nas áreas de conservação, regularização ambiental e fundiária. A iniciativa é do projeto Bahia Produtiva, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à SDR, e financiado pelo Banco Interamericano Reconstrução de Desenvolvimento (Bird/Banco Mundial).

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