Caso Lava Jato: PPS e Podemos anunciam saída da base aliada do Governo Temer

O ministro da Cultura, Roberto Freire, decidiu deixar o cargo logo após o presidente Michel Temer anunciar que não renunciará à presidência da República.
O ministro da Cultura, Roberto Freire, decidiu deixar o cargo logo após o presidente Michel Temer anunciar que não renunciará à presidência da República.
O ministro da Cultura, Roberto Freire, decidiu deixar o cargo logo após o presidente Michel Temer anunciar que não renunciará à presidência da República.
O ministro da Cultura, Roberto Freire, decidiu deixar o cargo logo após o presidente Michel Temer anunciar que não renunciará à presidência da República.

O PPS divulgou nota nesta quinta-feira (18/05/2017) em que informa ter deixado a base aliada do presidente Michel Temer. Em nota, o partido diz que, diante da delação premiada “de sócios da JBS envolvendo o presidente Michel Temer e da gravidade da denúncia”, decidiu deixar o governo federal.

O partido, que detinha duas pastas no governo, informou que o ministro da Cultura, Roberto Freire, entregou ao presidente Temer seu pedido de afastamento do cargo. Já o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que também é filiado ao partido, de acordo com a nota, “irá permanecer na função pela relevância de sua área de atuação de segurança do Estado brasileiro neste momento de crise e indefinições”.

Mais cedo, as bancadas do PPS na Câmara dos Deputados e no Senado Federal divulgaram nota em que afirmam que, se “for confirmado o teor da delação do empresário Joesley Batista, o presidente Michel Temer precisa renunciar imediatamente para a preservação dos interesses do Brasil, com a manutenção da recuperação da economia, a retomada do crescimento e a geração de empregos.” O PPS tem uma bancada de nove deputados e um senador.

Outro partido, o recém-criado Podemos (antigo PTN) divulgou nota dizendo que deixa a base aliada de Temer. Com 13 deputados, o Podemos integrava o bloco parlamentar do PP e do PTdoB, também da base aliada.

Em carta assinada pela presidente nacional do partido, deputada Renata Abreu (SP), e pelo líder da legenda na Câmara, deputado Alexandre Baldy (GO), a sigla diz que assumirá posição de “independência” em relação ao governo.

Roberto Freire anuncia saída do governo; Jungmann permanece na Defesa

O ministro da Cultura, Roberto Freire, decidiu deixar o cargo logo após o presidente Michel Temer anunciar que não renunciará à presidência da República por causa das denúncias de que Temer teria pedido ao empresário Joesley Batista, dono da JBS, que desse dinheiro ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba, na Operação Lava Jato.

Segundo O Globo, em delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Batista contou aos procuradores da República que a “mesada” tinha o objetivo de comprar o silêncio de Cunha sobre investigações da Operação Lava Jato envolvendo integrantes do governo e políticos da base aliada.

Segundo a assessoria do Ministério da Cultura, a decisão de Freire está alinhada à primeira manifestação pública das bancadas de seu partido, o PPS, na Câmara dos Deputados e no Senado. Em nota divulgada mais cedo, o diretório nacional do PPS cobrou a renúncia do presidente caso as informações antecipadas pelo O Globo sejam confirmadas. O partido, no entanto, não explicitou a intenção de abandonar a base aliada, tanto que o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que também é filiado ao PPS, anunciou que permanecerá no cargo.

Na nota que divulgou hoje (18), o PPS diz que “as denúncias até então divulgadas são de tal gravidade, que se for confirmado o teor da delação do empresário Joesley Batista, o presidente Michel Temer precisa renunciar imediatamente para a preservação dos interesses do Brasil, com a manutenção da recuperação da economia, a retomada do crescimento e a geração de empregos”.

O partido entende que se o áudio da suposta conversa que o dono da JBS diz ter gravado com Temer defendendo a necessidade do empresário continuar dando dinheiro a Cunha for comprovada, o presidente “perderá a capacidade de continuar à frente do comando do país” e o “vácuo de governabilidade” precisará ser preenchido o mais rápido possível. No caso de renúncia, o partido não descarta a possibilidade de que se realize uma eleição direta para “devolver para o povo a chance da escolha de quem comandará o país até 2018”.

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