Salvador: Hospital Estadual da Mulher Maria Luzia conta com modernos equipamentos e serviços de reconstrução mamária e atendimento de vítimas de violência sexual

Fachada do Hospital da Mulher Maria Luzia Costa dos Santos.
Fachada do Hospital da Mulher Maria Luzia Costa dos Santos.
Fachada do Hospital da Mulher Maria Luzia Costa dos Santos.
Fachada do Hospital da Mulher Fachada do Hospital da Mulher Maria Luzia Costa dos Santos.

O Hospital da Mulher (HM), que será inaugurado nesta segunda-feira (09/01/2017), recebeu mais de R$ 40 milhões de investimentos do Governo do Estado em estrutura física e equipamentos. Entre os destaques estão oito carros de anestesia Dräger GS Premium e um sistema de ar-condicionado laminado, no bloco cirúrgico, que serão importantes para salvar mais vidas.

Segundo o engenheiro clínico Antônio Duplat, o carro de anestesia “é um dos melhores do Brasil. Na Bahia, nós temos apenas aqui no Hospital da Mulher. Durante a cirurgia, ele é responsável pela manutenção da vida do paciente. O anestesista cuida da sedação e monitora todos os sinais vitais do paciente, para garantir que a cirurgia seja bem-sucedida. O carro com essa tecnologia garante uma precisão maior na administração dos anestésicos e no acompanhamento dos sinais vitais”.

Sobre o sistema de ar-condicionado com fluxo de ar laminado, a coordenadora do Bloco Cirúrgico do Hospital da Mulher, Janine Vilela, ressalta que “ele é todo digital, o que facilita para que a pressão positiva não tenha interferência da pressão do lado de fora da sala cirúrgica. Quem entrar e sair não vai trazer o ar contaminado para dentro do bloco. Com isso, o índice de infecção cai para praticamente zero”.

A coordenadora também enumera os monitores, os carros de anestesia e o foco cirúrgico como equipamentos fundamentais do centro de cirurgia do Hospital da Mulher. “Eu já passei por outros centros cirúrgicos e posso dizer que aqui está top de linha. Todos os equipamentos são de primeiro mundo. Toda sala cirúrgica tem um respirador elétrico, independente do vácuo da rede. Tem um foco cirúrgico auxiliar e bisturi elétrico. Toda a mesa é digital. As pacientes que forem atendidas aqui terão atendimento humanizado e tecnologia de ponta”, afirma Janine Vilela.

Hospital da Mulher fará cirurgia de reconstrução mamária

No Hospital da Mulher dez leitos são dedicados à cirurgia. Entre os procedimentos previstos está a de retirada do câncer de mama. Quem passar pela cirurgia, seja na unidade ou em outras instituições de saúde no estado, terá a oportunidade de fazer a reconstrução da mama.

A reconstrução da mama após a retirada de um câncer é um procedimento que atualmente tem a demanda reprimida, de acordo com o coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital da Mulher, Guilherme Queiroz. Segundo ele, a unidade vai realizar este processo da reconstituição tardia e também o de reconstituição imediata. “Vamos fazer a retirada do câncer pela equipe de mastologia e, ao mesmo tempo, a equipe de cirurgia plástica faz a reconstituição. Com isso, as pacientes não se sentirão mutiladas”.

O coordenador lembra que “uma paciente sem mama, muitas vezes, não consegue se enxergar como uma mulher. Este hospital vem com este apelo, para a gente atender a esta quantidade grande de pacientes que já estão sem mama e outras que vão fazer o tratamento”.

Guilherme Queiroz ainda explica que o câncer é uma doença complexa e a autoestima da paciente é decisiva no tratamento. “Temos várias estratificações e estágios no caso do câncer de mama. Algumas mulheres precisam de rádio e quimioterapia, mas outras não. Certas mamas podem ser constituídas imediatamente e outras não. Mas a mulher sentir que tem a perspectiva real de ter a mama reconstituída ou de já sair com a mama reconstituída causa nela uma força positiva que melhora muito o tratamento”.

Hospital da Mulher vai atender vítimas de violência sexual

Os cuidados com o público feminino no Hospital da Mulher também incluem o atendimento às vítimas de violência sexual. Dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) apontam que, somente em 2016, cerca de mil casos de violência sexual contra mulheres foram registrados por meio do sistema de saúde na Bahia.

Segundo o coordenador de Implantação do Hospital da Mulher, Lindenor Messias, além do atendimento de saúde, as vítimas de violência sexual serão encaminhadas pela equipe do hospital para o atendimento jurídico. “O acolhimento é realizado por um enfermeiro, que vai fazer a primeira abordagem. O médico, o psicólogo e o assistente social aparecem na sequência. Para a questão jurídica, é preciso formalizar um boletim de ocorrência. O atendimento é por demanda espontânea ou referendado, via regulação”, afirma Lindenor.

A coordenadora do Serviço Social da unidade, Ivana Lima, ressalta que “os profissionais foram selecionados e capacitados para compor este grupo e receber estas mulheres, que estão fragilizadas e sofridas por tudo o que passaram. Então, será um atendimento humanizado. A gente fez uma estratégia para quando elas tiverem um primeiro contato com o psicólogo ou assistente social, elas não precisem ficar repetindo sua história”.

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