Senador Otto Alencar defende vaquejada como patrimônio imaterial e denuncia agressões de ativistas

Senador Otto Alencar defende vaquejada como patrimônio imaterial.
Senador Otto Alencar defende vaquejada como patrimônio imaterial.
Senador Otto Alencar defende vaquejada como patrimônio imaterial.
Senador Otto Alencar defende vaquejada como patrimônio imaterial.

Durante reunião deliberativa da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal, ocorrida na terça-feira (18/10/2016), foi debatido o projeto PLC 24/2016 de origem da Câmara dos Deputados, que objetiva reconhecer o rodeio e a vaquejada como manifestações culturais nacionais e patrimônios culturais imateriais. Na oportunidade, o senador Otto Alencar fez veemente defesa da vaquejada como um patrimônio do povo brasileiro, de origem nordestina. O senador comentou, também, sobre a dimensão socioeconômica da vaquejada como importante para a população brasileira.

Relevância da vaquejada

O relator da matéria na CE, senador Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que a relevância do rodeio foi reconhecida pela Lei nº 10.220, de 11 de abril de 2001, que instituiu normas gerais relativas à atividade de peão de rodeio, equiparando-o a atleta profissional. A Lei nº 10.519, de 17 de julho de 2002, dispõe sobre a promoção e a fiscalização da defesa sanitária animal quando da realização de rodeio. A lei estabelece uma série de medidas que protegem os animais participantes das provas, a exemplo da assistência médico-veterinária, transporte adequado e utilização de apetrechos que não causem injúrias ou ferimentos.

Segundo o senador, no que se refere à vaquejada, além das leis estaduais que têm tratado do tema, há uma preocupação em garantir a segurança aos animais, por meio de práticas como a utilização exclusiva de bois adultos, o uso de cauda artificial, a abolição de esporas e tacas e a disposição de três palmos de areia lavada no local das provas, para amortecer a queda dos animais.

Otto Alencar, que recebeu críticas pesadas pela internet por defender o projeto, afirmou ainda que se os maus tratos dos animais for considerado um impeditivo para a aprovação da matéria, outros esportes ou práticas atuais também deveriam sê-lo como o hipismo e a castração de animais sem anestesia. O relator argumentou ainda que a proibição da vaquejada e do rodeio deixaria por volta de 600 mil desempregados no país.

Senadores Lídice da Mata e Roberto Muniz a favor

A senadora  Lídice da Mata (PSB-BA) e o senador Roberto Muniz (PP-BA) manifestaram-se favoráveis ao projeto e disseram que a regulamentação da vaquejada é diferente do seu reconhecimento como manifestação cultural ou patrimônio imaterial.

Senador do PSDB é contra

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) disse ser contra o projeto e pediu vista para elaborar um voto em separado. O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) também se manifestou contra e disse que as manifestações ou práticas que maltratam os animais precisam ser todas revistas.

Vistas

Após o pedido de vista de outros senadores, o presidente da CE, senador Romário (PSB-RJ) concedeu vista coletiva da matéria. Após passar pela comissão, o projeto ainda precisará ser votado pelo Plenário do Senado.

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