Os 11 princípios do ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels e as semelhanças doutrinárias com a atuação da Força-tarefa da Lava Jato

Paul Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha Nazista. Doutrina do nazifascismo é identificada na atuação da Força-tarefa da Lava Jato.
Paul Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha Nazista. Doutrina do nazifascismo é identificada na atuação da Força-tarefa da Lava Jato.

Em entrevista ao jornal Estadão, concedida na terça-feira (21/09/2016), José Roberto Batochio, advogado de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sentenciou sobre a atuação da força tarefa da Lava Jato e do juiz Sérgio Moro que:

— Dentro da estratégia “Goebelliana” de repetir mil vezes uma inverdade à opinião pública para que, a final, se torne ela verdadeira na superficial percepção das pessoas leigas, não constitui propriamente uma novidade essa autêntica temeridade perpetrada pelos ilustres Acusadores da Força Tarefa Lava Jato. Seguem a receita da necessidade da “acusação além dos limites dos tribunais” para se lograr ter a sociedade, envenenada, como aliada (em prejuízo da justiça e da verdade) e, com isso, se evitarem reações às arbitrariedades praticadas nas apurações. Esse receituário, aliás, era o núcleo tático da desastrosa operação “Mani Pulite” (ou “Mãos Limpas”), que fez morrerem inocentes e nascerem demagogos e embusteiros no cenário político italiano contemporâneo.

Doutrina do nazifascismo

A doutrina do nazifascismo encontra em Goebbels o principal propagandista. Paul Joseph Goebbels foi filiado ao partido Nazi e ideólogo da doutrina do nazifascismo. Ele atuou como Ministro da Propaganda da Alemanha nazista entre 1933 e 1945.

Em vários aspectos, a atuação da Força-tarefa da Lava Jato, no tocante ao ex-presidente Lula, tem semelhanças com algumas dos princípios doutrinários da ação do nazista Joseph Goebbels, a exemplo do ‘Princípio da Vulgarização’, que é transformar tudo numa coisa torpe e de má índole; e o ‘Princípio da Orquestração’, que é fazer ressonar os boatos até se transformarem em notícias sendo estas replicadas pela “imprensa oficial”, transformando-se em falsas verdades assimiladas e repetidas por setores da população.

Confira alguns dos princípios doutrinários do nazifascismo

1.- Princípio da simplificação e do inimigo único.

Simplifique não diversifique, escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem concentre-se em um até acabar com ele.

2.-Princípio do contágio

Divulgue a capacidade de contágio que este inimigo tem.  Colocar um antes perfeito e mostrar como o presente e o futuro estão sendo contaminados por este inimigo.

3.-Princípio da Transposição

Transladar todos os males sociais a este inimigo.

4.-Princípio da Exageração e desfiguração

Exagerar as más noticias até desfigurá-las transformando um delito em mil delitos criando assim um clima de profunda insegurança e temor. “O que nos acontecerá?”

5.-Princípio da Vulgarização

Transforma tudo numa coisa torpe e de má índole. As ações do inimigo são vulgares, ordinárias, fáceis de descobrir.

6.-Princípio da Orquestração

Fazer ressonar os boatos até se transformarem em notícias sendo estas replicadas pela “imprensa oficial’.

7.-Princípio da Renovação

Sempre há que bombardear com novas notícias (sobre o inimigo escolhido) para que o receptor não tenha tempo de pensar, pois está sufocado por elas.

8.-Princípio do Verossímil

Discutir a informação com diversas interpretações de especialistas, mas todas em contra do inimigo escolhido. O objetivo deste debate é que o receptor, não perceba que o assunto interpretado não é verdadeiro.

9.-Princípio do Silêncio.

Ocultar toda a informação que não seja conveniente.

10.-Princípio da Transferência

Potencializar um fato presente com um fato passado. Sempre que se noticia um fato se acresce com um fato que tenha acontecido antes.

11.-Princípio de Unanimidade

Busca convergência em assuntos de interesse geral apoderando-se do sentimento produzido por estes e colocá-los em contra do inimigo escolhido.

Banner da Prefeitura de Santo Estêvão: Campanha do São João 2024.
Banner da Campanha ‘Bahia Contra a Dengue’ com o tema ‘Dengue mata, proteja sua família’.
Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10955 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.