Cidadão joga moedas no plenário da Câmara Municipal de Ipecaetá, na segunda-feira (26/09/2016), em protesto pela adesão dos vereadores Edson de Souza Gomes (Edson de Ló), presidente da Câmara; João Batista Rodrigues da Rocha (Batista); Fabio Reis da Silva (Fábio Reis) à campanha eleitoral da candidata a prefeita Sueder Santana Silva Santos (PMDB). O protesto com as moedas foi seguido de distúrbios e gestos e violência contra o cidadão que criticava a mudança dos edis.
Ao final da sessão, centenas de cidadãos, reunidos em frente à Câmara Municipal, protestaram com vaias, em decorrência da assinatura da resolução com a finalidade de instalar de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), destinada a apurar contratos do município referentes ao fornecimento de combustível.
Durantes os protestos, populares, alguns partidários do prefeito, gritavam palavras de ordem, afirmando que os vereadores que deixavam a base de Marcell eram vendidos e traidores.
Assinatura
Além dos neoadesistas, assinaram a criação da CPI os vereadores de oposição ao governo municipal Geovardes Leite de Azevedo Junior (Junior de Tico), Nides Ferreira Bastos (Tia Nildes) e Ademi Cerqueira Santos (Ademi de Betinho).
Mudança repentina
Os vereadores Edson de Ló, Batista e Fábio Reis mudaram de posição política há cerca de 10 dias, quando deixaram a base do prefeito Marcell Silva Gomes (PSD).
Família Magalhães
Curiosamente, na prestação de contas da campanha de Sueder Santos (PMDB) consta como doador Luis Eduardo Maron de Magalhaes Filho, CPF 798.490.245-34, com a quantia de R$ 25 mil. Mesmo valor doado pelo PMDB.
Luis Eduardo Filho é neto do falecido deputado do Golpe Civil/Militar de 1964, Antonio Carlos Magalhães.
A presença do neto do deputado do Golpe Civil/Militar de 1964 no processo eleitoral de 2016, em Ipecaetá, é indicativo de uma tentativa de montar uma base eleitoral para a campanha de 2018, quando deve concorrer a uma vaga de deputado, provavelmente na Câmara Federal.
Processo histórico
Observa-se que as velhas práticas do magalhismo são reiteradas com a cooptação de lideranças locais, através de instrumentos inconfessáveis de conversão de opositores em adesistas.
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