MPF vê contradições entre depoimento de José Carlos Bumlai e materiais apreendidos pela PF

Segundo procuradores do MPF, José Carlos Bumlai agiu como operador, tomando empréstimos para pagar dívida do PT.
Segundo procuradores do MPF, José Carlos Bumlai agiu como operador, tomando empréstimos para pagar dívida do PT.
Segundo procuradores do MPF, José Carlos Bumlai agiu como operador, tomando  empréstimos para pagar dívida do PT.
Segundo procuradores do MPF, José Carlos Bumlai agiu como operador, tomando empréstimos para pagar dívida do PT.

Procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que investiga a Operação Lava Jato disseram hoje (14/12/2015) que o empresário José Carlos Bumlai fez operações financeiras para beneficiar o PT. De acordo com os procuradores Diogo Castor de Mattos e Deltan Dallagnol, foram identificadas contradições entre o que Bumlai afirmou durante os depoimentos e o material obtido durante as ações da Polícia Federal (PF).

“A oitiva de hoje [de Bumlai, na Polícia Federal] foi feita para confrontar o que ele disse nos depoimentos anteriores com o material obtido nas buscas e apreensões. Há documentos que contradizem as afirmações feitas em depoimento. Ele disse não ter vínculo com o PT, mas descobrimos pedido de seu filho para se desfiliar do partido. Ele disse não ter relações com a Petrobras, mas há [no material apreendido] correspondências endereçadas à área de exploração [da estatal]”, disse Mattos, durante coletiva de imprensa, em Curitiba.

Os procuradores negam, no entanto, que Bumlai tenha integrado “o núcleo central de corrupção” da Petrobras. O que o empresário fez, segundo eles, foi papel de “operador, tomando empréstimos para pagar dívida do PT”.

De acordo com o MPF, Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin. Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de cerca de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

Mais cedo, o MPF apresentou denúncia à Justiça Federal no Paraná contra Bumlai e mais dez investigados na Operação Passe Livre, a 21ª fase da Lava Jato. Entre os denunciados estão os ex-diretores da Petrobras Nestor Ceveró, Jorge Zelada e Eduardo Musa, empresários ligados à Construtora Schahin, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o lobista Fernando Soares, mais conhecido como Fernando Baiano. Todos responderão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.

*Com informações da Agência Brasil.

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10729 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.

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