Os professores das Universidades Estaduais da Bahia, na manhã desta quarta (09/07/2015), promovem o fechamento de rodovias em Vitória da Conquista, Feira de Santana, Eunápolis e Ilhéus. A categoria há 55 dias em greve “reivindica o respeito aos direitos trabalhistas e investimento adequado para as Universidades”. Os professores responsabilizam o governo Rui Costa pela manutenção da greve e pela permanência de mais de 60 mil estudantes fora de sala de aula.
“Trancaço”
O protesto foi iniciado às 7h de forma conjunta por toda Bahia. Foram afetadas as BR-116, nos trechos da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e Lagoa das Flores (Vitória da Conquista). A BR-101, em frente ao campus de Eunápolis da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), e a BR-415, próximo à Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), também foram interditadas.
A justificativa da ação é denunciar para a população a política de descaso do governo Rui Costa (PT) com as Universidades Estaduais e os trabalhadores. Ainda na quarta (9), o Movimento se reunirá com representantes governamentais para a discussão da contraproposta apresentada pela categoria.
Os motivos
Segundo o líderes do movimento, a greve deflagrada nos dias 12 e 13 de maio pelos professores das quatro Universidades Estaduais (UESB, UNEB, UEFS e UESC) não acontece por motivações salariais. A categoria reivindica que os direitos trabalhistas, como promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho, sejam garantidos. O Movimento cobra a ampliação do número de professores e investimento de 7% da receita líquida de impostos (RLI) para o orçamento das Instituições.
O movimento grevista informa que as Universidades Estaduais da Bahia (UESB, UNEB, UEFS e UESC) passam por uma grave crise orçamentária. Faltam professores, salas de aula, materiais para laboratórios, combustível e recursos para o pagamento de água, luz e telefone, por exemplo. Mesmo com o crescimento total do orçamento, as verbas para manutenção, investimento e custeio foram reduzidas em R$ 19 milhões nos últimos dois anos. Após o corte, o orçamento, que já era insuficiente, comprometeu o funcionamento das Instituições. O Movimento cobra ainda a criação de uma política de permanência estudantil efetiva que garanta aos alunos condições de concluírem seus cursos.
Eles inferem que o plano de carreira da categoria foi aprovado por lei em 2002, mas não tem sido cumprido. Em notas oficiais, a Secretaria de Educação afirma que realizou o pagamento de promoções e progressões retidas na Secretaria de Administração na folha de maio. Entretanto, nada foi pago. Além dos processos citados, centenas de outros ainda aguardam pela liberação do governo.
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