Ato unificado reúne comunidade acadêmica em defesa da universidade pública

Campi da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Campi da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Campi da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Campi da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEDS).

Nesta quarta-feira (29/07/2015), professores, estudantes e técnico-administrativos da Uefs realizam ato em defesa da universidade pública e dos direitos trabalhistas. A mobilização também critica a omissão dos reitores frente à posição de intransigência e autoritarismo do governo do estado nas negociações com o Movimento Docente (MD). Representantes das três categorias estão unidos contra “a crise que as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) vivem em decorrência da redução orçamentária imposta pelo governo do estado”. A concentração para o protesto será às 6h, no pórtico da instituição.

Segundo movimento grevista, a Uefs vive uma situação grave. Em função da redução da verba de custeio e investimento, faltam recursos para a compra de equipamentos básicos para o funcionamento dos cursos, pagamentos das despesas de água, luz e telefone, manutenção das viagens de campo, etc. Em aula pública realizada pela administração da universidade, em junho deste ano, o reitor Evandro do Nascimento reafirmou a necessidade de uma suplementação orçamentária de R$ 22.100.000,00 para garantir o funcionamento da instituição. Atualmente, os Débitos do Exercício Anterior (DEA) da universidade com reflexo neste ano somam R$ 6,2 milhões. Após cobrança, o governo se comprometeu com uma suplementação financeira, mas a quantia anunciada foi de, apenas, R$ 4,3 milhões.

O movimento denuncia que  a cota mensal do orçamento da instituição não tem sido repassada integralmente. Sem a suplementação necessária, segundo o reitor, as atividades da Uefs estarão comprometidas a partir de setembro deste.

Eles ponderam que “apesar da omissão das reitorias, que não fortalecem o enfrentamento para defender o patrimônio baiano, mesmo reconhecendo o alto grau de precarização em que se encontram as universidades, a resposta do MD veio com a aprovação unânime nas quatro assembleias pela continuidade da greve.”.

Greve dos docentes 

Os grevistas afirmam que:

– As sucessivas tentativas do Movimento Docente em negociar o orçamento não têm avançado. O governo se nega a discutir a pauta, principal reivindicação de todas as categorias. Além disso, tem tentado intimidar os docentes. No auge do autoritarismo, a Polícia Militar foi chamada para reprimir os professores e estudantes durante a ocupação na Secretaria da Educação (SEC), realizada entre 15 e 18 de julho.

– Para piorar, as mentiras do governo continuam travando as negociações. A resposta à contraproposta da minuta do Termo de Acordo aprovada nas assembleias em todas as Ueba foi uma nota contendo mentiras a respeito do acordo firmado, transferindo a responsabilidade da continuidade da greve para os docentes e ameaçando cortar o salário da categoria.

A nota afirma ainda que o MD concordou com o conteúdo inserido no rascunho da minuta recebido na reunião do dia 19 de julho. Não é verdade! Os docentes apenas assinaram o recebimento do termo, reiterando a necessidade de apresentar o documento nas assembleias para que a categoria deliberasse sobre a questão.  O movimento docente reafirma que não recua na defesa da universidade pública e dos direitos trabalhistas. A luta continua!

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