Vítimas de trabalho análogo ao de escravo são resgatados em navio na Bahia

Vista aérea do porto de Salvador. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)
Vista aérea do porto de Salvador. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)

A Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (SIT-MTE) resgatou, na última terça-feira (01/04/2014), 11 trabalhadores em condição análoga à de escravo no navio de cruzeiro MSC Magnífica, no Porto de Salvador (BA). A ação teve a participação do Ministério Público do Trabalho, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, da Polícia Federal, dentre outros órgãos federais.

A fiscalização do MTE constatou que os tripulantes do navio estavam trabalhando cerca de 200 dias sem nenhum dia inteiro de folga. Eles trabalhavam cerca de 11 a 16 horas. Os períodos de descanso eram interrompidos por treinamentos e outras atividades. O órgão apurou ainda que os funcionários eram submetidos a pressões psicológicas dos “capos”, nome dados aos chefes.

“Segundo relatos, esses ‘capos’ assediavam moralmente os trabalhadores que não se submetem às situações abusivas, tratando-os de maneira humilhante e os ameaçando com a perspectiva de tratamento, que era ainda pior quando o navio saía do alcance das autoridades brasileiras”, disse Raul Vital, chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho Portuário e Aquaviário.

A ação foi motivada por denúncias de trabalhadores brasileiros e da Associação de Vítimas do Trabalho em Navios de Cruzeiro. De acordo com o MTE, as denúncias são referentes ao assédio moral e sexual, jornadas exaustivas e exploração predatória do trabalho dos brasileiros a bordo de cruzeiros marítimos.

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