Em São Paulo, o ex-presidente Lula fala sobre interiorização do PT

O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva abriu o segundo dia do encontro das macroregiões do PT paulista, quando falou das agendas externas, da ação partidária, sustentação do governo Dilma e avaliou que o momento para o Partido “nunca foi tão favorável” para ampliar o projeto de País.

Com a estrofe do histórico jingle “olé, olé, olá, Lulá, Lulá”, o ex-presidente da República chegou cedo ao plenário lotado do segundo dia do Encontro Estadual de macrorregiões, que reuniu neste sábado mais de 2 mil pessoas, em Sumaré.

Antes de fazer sua saudação à militância petista, o presidente do PT-SP, Edinho Silva, reverenciou a participação do ex-presidente da República, um dos maiores incentivadores da construção do Partido, “razão pela qual hoje estamos aqui” e situou o processo de discussões resultante de 19 seminários nas macros, iniciados em abril.

“É preciso enfrentar a ofensiva do PSDB nas cidades onde temos base social”. A questão para Edinho é essencial para dar sustentação ao governo Dilma, com a disseminação de políticas públicas, para o calendário eleitoral de 2012, mas principalmente para que o projeto de País possa avançar em 2014.

Voltou a afirmar que o PT está pronto para governar o Estado de São Paulo. “O estado tem de deixar de ser a trincheira conservadora do nosso projeto nacional. É possível fazer no estado, o que o senhor fez no Brasil”, ao referir-se às transformações provocadas pelas políticas implementadas nos dois mandatos de Lula. Dentre os desafios que foram debatidos nos 19 seminários, Edinho falou também a Lula sobre a urgência do país realizar uma reforma política e que o PT irá para a sociedade fazer esse debate.

Sem ingenuidade

Ovacionado por petistas de centenas de cidades, Lula distribuiu piadas, falou que ainda está desencarnando da faixa presidencial e fez algumas recomendações. “Em determinadas situações precisamos juntar todos os diferentes para lutar contra os antagônicos”, disse Lula parafraseando o educador Paulo Freire, para ajudar na reflexão da militância sobre a política de alianças nas chapas que serão constituídas para 2012. Lula pediu que não haja ingenuidade para permitir que sejam feitas as mudanças necessárias.

Para isso, a unidade será essencial, incluindo aqui o Congresso Nacional, ao alertar para tentativas de divisionismo fomentadas por outros partidos, caso o PT não esteja coeso na ação. Ele também pediu que cada deputado estadual e federal dedique um final de semana para o partido. “Visite a comunidade que não seja base dele. Estou muito feliz porque o Rui Falcão, que é paulista e morre de medo de avião, tem viajado o Brasil inteiro. É isso que temos de fazer”, conclamou Lula.

Na avaliação do ex-presidente, “nunca antes na história desse pais, tivemos condições tão favoráveis” para ganhar as eleições no Estado de São Paulo. A interiorização é essencial para o diálogo, assim como na utilização dos veículos de comunicação locais, que propiciam um alcance maior da população. Lula alertou para o processo de achincalhamento de setores conservadores e da mídia sempre que há um fortalecimento do Partido. “Quando estava presidente disse: se quiserem me achincalhar terão que ir para a rua”.

Desenvolvimento equânime

O modo de governar o país não apenas foi aprovado por mais de 80% da população, como foi reafirmado nas urnas pela eleição de Dilma e agora está sendo exportado para outros continentes. Como a criação do instituto de políticas públicas para a America Latina e também para a África. As iniciativas visam contribuir com o desenvolvimento dos continentes. “A África não pode ficar aprisionada”, advertiu. Ele também antecipou que no ano que vem irá se dedicar ao mapeamento do Brasil.

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A mesa, que teve a presença do presidente Lula, foi acompanhada por mais de 5 mil internautas pela transmissão ao vivo da TV LD.

Mesa

O prefeito de Sumaré, José Antonio Bacchim, anfitrião do Encontro das Macros, esteve na mesa de abertura deste sábado (18), ao lado de coordenadores e coordenadoras das macrorregiões, do líder do MMC, Gegê, o representante da executiva do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Samuel dos Santos, a senadora Marta Suplicy, os deputados federais Candido Vaccarezza, João Paulo Cunha, Janete Pietá, José Mentor, Ricardo Berzoini; os deputados estaduais Luiz Claudio Marcolino, João Paulo Rillo, João Antonio, Ênio Tatto e Antonio Mentor; o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ex-presidente do Sebrae, Paulo Okamoto. Vários prefeitos/as e vices também participaram.

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