Morte de líder religiosa e política, Maria Bacelar, causa grande consternação para o município de Irará e região

Morte de Maria Bacelar abre lacuna na comunidade de Irará.
Morte de Maria Bacelar abre lacuna na comunidade de Irará.

O município de Irará amanheceu enlutado na sexta-feira 29 de abril, com o falecimento ocorrido por volta das 19 h de quinta-feira 28 da líder religiosa conhecida nacionalmente, professora e vereadora em pleno mandato, Maria Bacelar da Silva (PSB), o corpo foi velado no Salão Nobre da Prefeitura Municipal do município. O prefeito Derivaldo Pinto declarou luto oficial de três dias.

De acordo com o vereador feirense Roberto Tourinho (PSB), entrevistado pelo Jornal Grande Bahia (JGB), o passamento da vereadora foi uma perda irreparável principalmente para as pessoas mais carentes. “Ela era uma Pessoa humanitária e que gozava de grande prestígio junto à comunidade, anualmente realizava duas grandes festas: 2 de julho, festa do Caboclo; 27 de setembro comemorava a festa de seu aniversário que coincidentemente era a data em que ocorria os festejos de Cosme e Damião”.
Militância Política
Falando sobre o ingresso da líder religiosa na vida pública, Tourinho  atribui o fato ao carisma e o prestígio popular que gozava Maria Bacelar. ”Ela foi vereador por cinco vezes e por três vezes presidente do legislativo de Irará, também foi candidata à prefeita em 1982 pelo PDS”.  O parlamentar feirense lembra com carinho do período em que exerceu o cargo de assessor jurídico e fez questão de observar que a vereadora, por ser extremamente disciplinada, sempre atuou de forma firme. Todas as ações adotadas pela vereadora, antes de ser colcada em prática, ela realizava consulta com seus assessores. Suas contas sempre foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). “Ela era muito legalista”, observa Tourinho.
Outra qualidade de Maria Bacelar destacada pelo parlamentar feirense é que ela valorizava muito o conceito de família. Na Câmara promovia sessões especiais nos dias das mães, pais e demais datas assemelhadas. Na Semana Santa procedia a distribuição de peixes junto às famílias carentes; em Natal era feita a distribuição de cestas básica; e no dia das mães havia distribuição de enxovais. Todo esse feito foi realizado ao longo de mais de 40 anos.
Também foi autora de várias leis no município, todas elas frutos de suas ideias e elaborada com ajuda de seus assessores. Outro fato curioso e que mereceu uma observação por parte do entrevistado foi  que durante 30 anos, ela promoveu romarias a Bom Jesus da Lapa que sempre acontecia na última semana do final do mês de agosto. Na qual participavam amigos, familiares e convidados.
Apoios políticos
A Fazenda Trindade, residência de Maria Bacelar, era frequentada pela população da região e autoridade do alto escalão político tanto do Estado como até mesmo fora dele. Ela apoiou o ex-prefeito José Falcão para deputado federal, quando ele deixou de ser deputado passou a apoiar Jairo Carneiro e também o atual prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta, quando exercia o cargo de deputado estadual.
Com a sua morte, Maria Bacelar deixa o seu esposo viúvo Francisco Rosa da Silva; os filhos Antônio Bacelar, Francisca Bacelar, Conceição Burck e Vital Bacelar, este considerado como seu herdeiro político, tendo já exercido o cargo de vereador e presidente da Câmara e por duas vezes foi vice-prefeito, atualmente exerce o cargo de Secretário da Saúde em seu município.
O vereador Roberto Tourinho, visivelmente emocionado, descreveu o enterro da líder religiosa Maria Bacelar como apoteótico ao qual compareceram uma grande multidão e várias autoridades dos mais diversos matizes políticos: Eliana Boaventura, ex-prefeito José Ronaldo, deputado Sérgio Carneiro, ex-deputado Jairo carneiro, vereador Roberto Tourinho, vice-prefeito de Feira de Santana Paulo Aquino, lideranças e ex-prefeitos da região. Ausência notada, e que foi comentada pelos presentes, foi a do prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta (DEM), que até a data de ontem (06/05) , segundo garantiu Vital Bacelar, não foi dirigido à família enlutada um simples telefonema de condolências.
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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10675 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.

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