Oposição quer que Erenice Guerra dê explicações no Senado e ex-assessor da Casa Civil diz que vai se defender das acusações de revista

Erenice Guerra.
Erenice Guerra.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) protocolou hoje (13/09/2010), na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, um requerimento de convocação da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. Dias quer que a ministra compareça para prestar esclarecimentos sobre denúncia da revista Veja de que seu filho, Israel Guerra, teria intermediado interesses de companhias aéreas privadas junto ao governo, mediante pagamento de propina.

Com o Senado em recesso branco e os senadores envolvidos nas campanhas eleitorais nos estados, o senador admitiu que provavelmente o requerimento somente venha a ser votado depois das eleições.

“Não importa quando seja. Mesmo que seja depois das eleições, precisamos ouvir a ministra. O nosso interesse não é eleitoral, então não importa se será antes ou depois das eleições”, justificou Alvaro Dias.

Ele explicou ainda que entrou com pedido de convocação de Erenice Guerra por considerar que o assunto é “grave” e que não deverá aceitar acordos com o governo para que o pedido seja mudado para um convite.

A diferença entre os dois tipos de requerimento é que a convocação não pode ser recusada. Em geral, nessas situações, os líderes do governo na casa negociam para que os ministros sejam apenas convidados, de modo que eles escolham a data em que irão comparecer, assim evitando constrangimentos.

Ex-assessor da Casa Civil diz que vai se defender

O ex-assessor da Secretaria Executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, afirmou hoje (13) em sua carta de demissão que optou por deixar o cargo para se defender das acusações divulgadas pela revista Veja no último final de semana.

Ao lado de Israel Guerra, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, Castro foi acusado pela revista de participar de um suposto esquema para beneficiar empresas com contratos no governo.

Em sua carta de demissão, divulgada pela Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro nega participação no suposto esquema e elogia os colegas de trabalho, em especial Erenice, “pela força e responsabilidade com que conduzem os trabalhos neste ministério”.

“Solicito a gentileza de submeter à ministra-chefe da Casa Civil o meu pedido de exoneração do cargo de assessor da Secretaria Executiva da Casa Civil, código DAS 120.4, com vistas a me defender das acusações divulgadas pela revista Veja”, diz trecho da carta de demissão.

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