Chefe da agência da ONU disse que milhões de pessoas continuam desempregadas e que os salários não acompanharam a inflação; ele falou na abertura da 56ª sessão do Conselho Diretor do órgão, em Genebra.
O Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, Unctad, Supachai Panitchpakdi, pediu cautela sobre as notícias que apontam para a recuperação da economia mundial.
Ele discursou nesta segunda-feira em Genebra, na Suíça, durante a abertura da 56ª sessão do Conselho Diretor do órgão, que vai até o dia 25.
Panitchpakdi afirmou que apesar dos recentes sinais de recuperação, particularmente no setor financeiro, o clima econômico internacional permanece frágil.
O chefe da agência da ONU ressaltou que milhões de pessoas continuam desempregadas, tanto nos países ricos como nos pobres; os salários não acompanharam a inflação e a descida das taxas de juros pelos bancos centrais não beneficiaram ainda consumidores e negócios.
Ele disse que a situação é especialmente grave para aqueles que continuam a enfrentar a fome e a pobreza.
O economista da Divisão África da Unctad, Rolf Traeger, disse à Rádio ONU, de Genebra, que as consequências da crise serão duradouras para os países pobres.
Economia Real
“Do ponto de vista da economia real e das consequências secundárias da crise, especialmente para os países em vias de desenvolvimento, as medidas já tomadas deixam muito a desejar. Porque as consequências da crise em termos de desemprego, de pobreza e de fome, particularmente nos países pobres, continuam e eventualmente ajudarão a criar as bases para futuras crises”.
Segundo a Unctad, o número de famintos no mundo aumenta em cerca de 4 milhões de pessoas todas as semanas e 53 milhões vão passar, neste ano, para abaixo da linha da pobreza.
*Com informação da Rádio ONU em Nova York.
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