O povo não é bobo abaixo a Rede Globo! Este ano completa os 25 anos que o povo foi às ruas para restabelecer a democracia

O ápice de um processo iniciado pela resistência democrática foi sublimado por uma passeata que saiu da Praça da Sé até o Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Onde ocorreu o comício que deu origem à maior manifestação pública da história do Brasil. O povo foi às ruas com gritos ‘Diretas Já’ e ‘O Povo Não é Bobo, abaixo a Rede Globo’, era 16 de abril de 2004. Dando um basta ao silêncio da Globo e no apoio dos grandes grupos midiáticos à Ditadura Militar.

A Vênus Prateada foi uma das últimas a noticiar os comícios e movimentos sociais que levaram ao fim do regime militar, responsável por asfixiar os movimentos sociais. Levando a expatriação, morte e repressão os intelectuais, políticos e líderes sociais do povo brasileiro.

Arnaldo Jabor

Atrasada no tocante as necessidades sociais do povo brasileiro, a Globo mantém pessoas ocupadas de dar continuidade ao pensamento capitalista feroz, onde o Deus é o capital, a quem todos devem reverências. Dentre os vários profissionais, cito: Arnaldo Jabor como uma das estrelas maiores, ao lado de Dora Kramer, Lúcia Hipólito e Miriam Leitão.

Estes fazem parte de um seleto time de profissionais que reverberam o discurso da direita retrograda, mantendo vivas as ideias que levaram ao golpe de 1964. Sim, ao lermos a história, veremos o IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) e o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) financiando o jornal O Globo e a rede de rádios do falecido Roberto Marinho. Que se tornaria, nos anos de chumbo, na poderosa Organizações Globo, com ajuda em 1962, de US$ 6 milhões de capital, oriundo do grupo estadunidense Time-Life.

Um dos expoentes maiores, deste pensamento de esquerda retrógrado e oportunista, Arnaldo Jabor. Em seus artigos, visíveis ou audíveis através da Rádio CBN, desfia o corolário de impropérios e verborragias, típicos dos que querem vencer pela palavra estúpida e não pela força argumentativa. É triste ver como certos homens envelhecem incapazes de renovas suas idéias, e se mantém aferrados ao anacronismo.

Sociedade Justa

São incapazes de enxergar que não existe sociedade justa, onde poucos têm muito, enquanto a maioria permanece na pobreza e ou na miséria. Os ataques que Jabor defere em relação ao presidente Lula, e a todos os lideres de esquerda da América Latina, só demonstra a incapacidade das pessoas, que se identificam com o pensamento de Direita, de encontrar o correto equilíbrio e apontar os erros da esquerda governante, utilizado a razão argumentativa.

Não é preciso ser gênio para lembrar que o modelo social implantando por uma direita retrograda, produziu um dos maiores fossos sócias do planeta. Sendo o Brasil detentor, por anos a fio, do título de maior concentrador de renda do mundo. Aquele campesinato, estrangulado pela repressão de 1964 é o nosso MST de hoje. As mobilizações sociais do passado são os movimentos por: moradia, emprego, saúde, e educação, dos tempos modernos. A violência urbana é o reflexo direto da falta de políticas sociais. Identificadas no quesito: falta de segurança.

Lembrem-se que não advogo o fim das críticas, mas a correta aplicação delas. Afinal, nenhum homem está acima da crítica. E também que: é o correto tensionamento das idéias de Direita e Esquerda, ou seja, maior poder para o Capital ou para o Estado. Que leva ao equilíbrio de forças. O que defendemos, é um debate permanente sobre a melhor forma de contrabalançar os interesses do cidadão diante da força do Estado.

Eleições em 2010

Em 2010 teremos eleições para Presidente da República e em cada estado da federação serão eleitos dois senadores. Além de eleições gerais para Governadores e Deputados Estaduais. Nós brasileiros estamos no comando deste processo, somos nós, que livremente iremos escolher aqueles que comandarão os recursos oriundos dos impostos. A grande mídia na ânsia por ter seu poder e prestígio de volta, continua a apoiar idéias que não coadunam com o pensamento social do século 21.

Esteja atento, busque um partido e se inscreva, participe da mudança. Seja um agente direto das transformações do seu país. Lembre-se que Aristóteles em seu tratado de política escrito a mais de dois mil anos, citava a necessidade das pessoas participarem da vida política da comunidade. Os governos militares desconstruíram esta visão, de participação dos indivíduos nos partidos, nas organizações sociais e nas reuniões comunitárias.

Para ser candidato a qualquer cargo. Primeiro, os convencionais de um partido deve eleger os membros que iram representar a agremiação e defender seu conteúdo programático. E mais uma vez, é você, cidadão comum, que filiado a um partido faz a escolha de quem vai representá-lo no processo. Mesmo depois de eleito pelo sufrágio do voto, através das reuniões partidárias, você pode e deve cobrar a correta condução dos compromissos de campanha e do programa do partido, bem como a condução ética.

Bertolt Brechet

Lembre-se que política na essência é viver em uma sociedade regida por um sistema de leis, que estabelece direitos e obrigações. Tacitamente concordada por todos, na medida em que seus representantes às cria por votação no Congresso Nacional, nas Assembléias e nas Câmaras de Vereadores. Portanto, não se torne um analfabeto político, e participe. O nosso país será tão melhor, quanto melhor forem os seus representantes.

É o ano da França no Brasil. Então: Liberté, Igualité e Fraternité para todos.

É o inicio do ano hebraico, então:  Shaná Tová.

É o começo do Ramadã: Salaam Aleikum ou As-Salamu Alaikum.

+ Sobre o tema

Assista o vídeo: O Analfabeto Político por Bertolt Brecht

Fundação Perseu Abramo

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10721 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.

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