Secretário César Nunes explica convênio da SSP Bahia com FBI

Contando com uma ampla experiência e uma sólida formação no combate ao crime, o experiente Secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia, Antonio César Fernandes Nunes, é responsável pela elaboração de um trabalho sério e competente neste segmento. O que já tem gerado significativos ganhos na redução dos índices de criminalidade em todo o Estado.

JGB – Secretário nos fale um pouco sobre a sua formação profissional.

CN – Eu iniciei a minha carreira como agente na Policia Federal aos 19 anos, após ser aprovado por concurso. Posteriormente me formei no curso de Direto e fiz concurso para o cargo de Delegado. Onde permaneci por 35 anos.

JGB – Como foi sua experiência frente a esta instituição?

CN – foi uma experiência muito gratificante, tive a oportunidade de ter participado de operações de combate ao narcotráfico em todo país e até mesmo no exterior.

JGB – Durante a sua atuação na Polícia Federal quais foram os cargos exercidos pelo senhor?

CN – Exerci o cargo de Delegado de Entorpecentes durante 10 anos na Bahia; Delegado Executivo na Superintendência dos Estados de Sergipe e Bahia; cargo de adido da Polícia Federal da embaixada do Brasil na Colômbia, período em fui o responsável pelo repatriamento do narcotraficante Fernandinho Beira Mar.

JGB – Atualmente o senhor está aposentado da Polícia Federal. O que o motivou aceitar o cargo de Secretário de Segurança do Estado da Bahia?

CN – Aceitei o cargo para atender convite que me foi formulado pelo governador Jaques Wagner e por considerar uma honra, o ápice da minha carreira, comandar a Segurança Pública de meu Estado.

JGB – Ao assumir o cargo, qual era o real quadro das estruturas da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia?

CN – Era de caos, déficit no efetivo policial: em 2003 a PM contava com 31 mil policiais, em março do ano passado havia nos seus quadros apenas um efetivo de 27.400 policiais. O que significa dizer que houve uma redução de quase cinco mil homens, em um período em que o estado cresceu e os problemas se avolumaram. O mesmo dilema vive a Policial Civil e a Polícia Técnica.

JGB – Em que nível o senhor encontrou a parte estrutural da polícia baiana?

CN – Um verdadeiro caos, delegacias deficitárias, Companhia da PM comprometida por falta de policiais técnicos no interior do Estado, desmotivação salarial dos policiais baianos que percebem os piores salários do país, e a completa inexistência de sistema de comunicação da polícia.

JGB – Durante a sua gestão o que mudou?

CN – Atualmente a polícia baiana se comunica através de um moderno e sofisticado sistema de telecomunicação já implantado em Salvador e região metropolitana. O do interior do Estado está sendo implantado e até o próximo mês, nós vamos dispor de um sistema de comunicação em que o policial poderá manter contato com o colega em qualquer ponto cidade baiana. Para que isso se torne realidade estão sendo construídos 22 centros de comunicação que ficarão instalados nas principais cidades como Porto Seguro, Ilhéus, Vitória da Conquista, Barreiras, Feira de Santana, Senhor do Bonfim, entre outras. Todo o sistema operacional de telecomunicação será feito através das rádios das operadoras de telefonia celular. Também estamos promovendo cursos de capacitação dos policiais, cursos de Relações Humanas, cursos voltados para o policial identificar processos fraudulentos como lavagem de dinheiro e na área de levantamento de provas no local de crimes, além de dispormos de um dos mais modernos Institutos de Criminalistas do Brasil.

JGB – Fale-nos um pouco sobre convênios e parcerias firmadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia.

CN – No ano passado nós realizamos convênio com o FBI e passamos a fazer parte do CODES (Banco de Dados de DNA Forense). Importante observar que apenas quatro Estados no país faz parte deste Banco de Dados Internacional; firmamos convênio também com a Secretária Nacional de Justiça através de Romeu Tuma Junior. Mais de três milhões de reais foram empregados na aquisição de software, computadores que deverão estar em plena atuação a partir do próximo mês. Os policiais que vão atuar no setor estão concluindo o treinamento em Brasília. Com relação O guardião que gerou polêmica na imprensa, este recurso foi adquirido pelo Pronasefaz ( Programa de Modernização da Secretaria da Fazenda). Ele foi destinado com o objetivo de melhorar a segurança pública. O que significa dizer que quem realiza as investigações de crimes financeiro é a Superintendência de Inteligência que dispões dos policiais capacitados para operar estes equipamentos complexos de monitoração telefônica, elaborar relatórios de inteligência o que possibilita as investigações de corrupção como lavagem de dinheiro, o que nunca foi feito na Bahia, por não dispor o Estado de pessoal com esta capacidade técnica.

JGB – Isto significa que o senhor está modernizado a estrutura policial da Bahia?

CN – Estamos melhorando os salários dos policiais. Estes, ainda ganham salários baixos. O governo Wagner corrigiu uma grave distorção existente no setor ao estabelecer o critério de que nenhum funcionário da Secretaria Pública terá vencimento inferior do mínimo. O que não acontecia nos governos anteriores.

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